OUTUBRO ROSA

Câmara de BH tem campanha de prevenção ao câncer de mama

Prédio será iluminado com a cor rosa. Durante o mês haverá blitz com distribuição de panfletos, live, audiência pública e caminhada

sexta-feira, 1 Outubro, 2021 - 00:00

Imagem: arte campanha Outubro Rosa 2021 | Divulgação CMBH

Em função da pandemia, mais de um milhão de mulheres deixaram de fazer a mamografia no Brasil no ano passado. Em 2020, foram registrados 1,7 mil óbitos de mulheres em Minas Gerais por neoplasia da mama, sendo esta a primeira causa de morte por câncer, no sexo feminino. Assim, visando promover ações para evitar a doença na capital, a Câmara Municipal, por meio da Comissão de Mulheres, integra mais uma vez a Campanha Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama. Nesta sexta-feira (1º/10), a Casa publica em seus canais oficiais nas redes sociais informações sobre fatores de risco e sinais de alerta para a doença; a fachada do prédio será ilumindada com a cor rosa e distribuídos lacinhos, símbolo da campanha. Ao longo do mês estão previstas blitz na Praça Sete com distribuição de panfletos, live, audiência pública e caminhada. Exemplo de superação, a presidente da CMBH, vereadora Nely Aquino (Pode), anunciou em setembro que venceu a doença, diagnosticada há cerca de três meses, após procedimento cirúrgico e tratamento radioterápico.

Programação

  • Live: Câncer de mama: Vamos falar sobre isso? – Dia 08 de outubro, das 11h30 às 12h30, nos canais da CMBH e da Escola do Legislativo no YouTube, dentro do projeto Papo de Mulher
  • Blitz na Praça Sete – Dia 15 de outubro, das 11h às 13h, com distribuição de panfletos informativos
  • Dia “D” – Dia 22 de outubro, na Câmara de BH, com orientações às servidoras sobre o auto-exame 
  • Audiência Pública da Comissão de Mulheres - Dia 22 de outubro, às 10h, na Câmara de BH e em formato virtual 
  • Live: Recebi o diagnóstico, e agora? - Dia 27 de outubro, às 14h no canal da Escola do Legislativo no Youtube 
  • Caminhada – Dia 29 de outubro, das 8h às 10h, com saída da Portaria 4 da CMBH (Avenida Churchil) até a Praça Floriano Peixoto

Fatores de risco

Entre 2020 e 2022, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima a ocorrência de 8,2 mil novos casos de câncer de mama a cada ano. Alguns fatores podem aumentar o risco da doença, como idade (após 50 anos); mama densa; menstruação antes do 12 anos e menopausa após os 55; primeira gravidez após os 30; não ter tido filhos e não ter amamentado; tabagismo; consumo de álcool; obesidade; histórico familiar; e uso de hormônios em excesso.

Hábitos saudáveis devem ser adotados para reduzir os riscos, como alimentação natural e equilibrada, com o consumo de alimentos como frutas, verduras, legumes, arroz, feijão, carnes, ovos e leite; evitando-se os ultra processados, como biscoitos, sorvetes, pizzas macarrão instantâneo, salsicha e refrigerantes. A alimentação deve ser, ainda, associada à atividade física.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente endurecido. Podem, também, surgir linfonodos palpáveis nas axilas. Outros sinais são alteração da assimetria da mama, desvio ou inversão do mamilo, alteração na cor do mamilo, vermelhidão na mama ou no mamilo e secreção transparente, rosada ou avermelhada.

O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento. Quanto à avaliação das mamas, preconiza-se que mulheres de 40 a 49 anos realizem o exame clínico; já a mamografia, somente se houver indicação médica. Mulheres de 50 a 69 anos, por sua vez, devem realizar o exame e também a mamografia, de dois em dois anos. No caso de mulheres com elevado risco, é necessário que estas tenham acompanhamento individualizado.

Para o tratamento do câncer de mama, o Sistema Único de Saúde oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. O médico irá escolher o procedimento mais adequado de acordo com a localização, tipo de câncer e extensão da doença.

Superação

“Frente a essa doença avassaladora, que vem destruindo vidas, a mutilação é o mínimo; na verdade, uma vitória, pois a expectativa é de continuar viva”. Assim avaliou Nely Aquino (Pode) ao ser diagnosticada com um câncer de mama, em julho deste ano. Após a retirada de nódulos nas duas mamas (um benigno e outro maligno) e de parte das mamas e das axilas, a parlamentar dá exemplo de superação, realizando com êxito o tratamento, com sessões de radioterapia.

Ao descobrir o diagnóstico, Nely pediu o apoio dos vereadores para fomentarem os exames de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente, ao invés de a cada dois anos; e em mulheres a partir dos 40 anos de idade, e não 50 anos.

Legislação

Em Belo Horizonte, vêm sendo regulamentadas e propostas ações voltadas à prevenção do câncer de mama. A Lei 8.919/2004, originária de projeto de lei da Câmara Municipal, institui o Dia Municipal de Prevenção ao Câncer de Mama, a ser comemorado no quarto domingo do mês de maio. A norma estabelece que, nessa data, o Município promova atividades destinadas à conscientização e orientação da mulher com idade superior a 40 anos sobre a importância de prevenir a doença.

Já o Projeto de Lei 1.340/2014, do vereador Fernando Luiz (PSD), que tramita em 2º turno, determina que lojas que comercializam artigos femininos e que dispõe de provadores afixem nos espelhos adesivos informações sobre o câncer de mama, ressaltando a importância do autoexame. Em tramitação em 1º turno, o PL 174/2021 cria o Programa “Empresa Amiga da Saúde da Mulher”, que incentiva as empresas a motivarem suas funcionárias a fazerem a mamografia. Empresas que aderirem ao programa receberão um diploma de reconhecimento pela facilitação do procedimento. A proposta é assinada pelas vereadoras Nely Aquino, Fernanda Pereira Altoé (Novo), Flávia Borja (Avante) e Marilda Portela (Cidadania); e pelos vereadores Álvaro Damião (Dem), Dr. Célio Frois (Cidadania), Gabriel (Sem Partido), Irlan Melo (PSD), Jorge Santos (Republicanos), Marcos Crispim (PSC) e Wanderley Porto (Patri).

Superintendência de Comunicação Institucional