AUDIÊNCIA PÚBLICA

Comissão vai debater ampliação de voos no Aeroporto da Pampulha

Medida, defendida por companhias aéreas e usuários, desagrada moradores do entorno, que alegam riscos e poluição sonora

sexta-feira, 16 Outubro, 2015 - 00:00
Terminal, inaugurado em 1933, recebe atualmente apenas voos de menor porte (Banco de Imagens CMBH)

Terminal, inaugurado em 1933, recebe atualmente apenas voos de menor porte (Banco de Imagens CMBH)

Voos regulares da Pampulha para o para Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília podem voltar a ser uma opção para o cidadão belo-horizontino, reduzindo o tempo e os custos das viagens. A possibilidade da operação de novas linhas no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade será debatida nesta segunda-feira (19/10) na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. Moradores do entorno do terminal questionam riscos e poluição sonora. Requerida pelo presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN), e pelo vereador Joel Moreira Filho (PTC), a audiência reunirá Prefeitura de Belo Horizonte, Secretaria de Estado do Governo, núcleo regional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e companhias aéreas no Plenário Camil Caram, a partir das 13h30.

Debatida há algum tempo na cidade, a possibilidade do retorno de voos de grande porte ao Aeroporto da Pampulha, inaugurado em 1933, vem gerando manifestações nas redes sociais e pressão política sobre os órgãos reguladores, solicitando a autorização. A medida enfrenta a resistência dos moradores do entorno, que lutam pela continuidade das restrições de uso impostas ao aeroporto desde 2007, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu o pouso e decolagem de aeronaves comerciais com mais de 70 assentos naquele terminal.

De acordo com os defensores da medida, que criaram uma página no Facebook, em muitos casos gasta-se mais tempo no trajeto até o Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, que dentro do avião; além disso, chega-se a pagar mais caro pela corrida de táxi até o terminal do que pela passagem aérea, enquanto o Aeroporto da Pampulha, mais próximo e acessível, continua subutilizado, com grande capacidade ociosa na maior parte dos dias e horários. No entanto, sob a alegação de insegurança, poluição sonora e aumento do fluxo de veículos, moradores vizinhos tentam a todo custo impedir as operações no aeroporto.

Os defensores da utilização do terminal argumentam ainda que, quando o terminal foi construído, a área ainda não era urbanizada e os bairros do entorno ainda não existiam; dessa forma, os atuais moradores já sabiam da existência do equipamento quando se mudaram para lá e não teriam “propriedade” para impor seus próprios interesses sobre os da coletividade. 

Convidados

Para dìscutir os diversos aspectos enviolvidos e avaliar as possibilidades, os autores da audiência pública convidaram o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Araujo de Lacerda, os secretários de Estado de Governo, Odair José da Cunha; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Luiz Sávio de Souza Cruz; e de Desenvolvimento Econômico, Altamir de Araújo Rôso Filho; o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys; o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Gustavo Matos do Vale; o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz.

Também são aguardados os presidentes das companhias aéreas Azul, TAM e GOL, Antonoaldo Neves, Cáudia Sender e Paulo Kakinoff. O debate é aberto à participação de qualquer cidadão interessado, ou pode ser acompanhado ao vivo pela TV Câmara, no canal 61.4 digital ou aqui no portal da Casa.

Superintendência de Comunicação Institucional