MEIO AMBIENTE

B.H. é a primeira capital brasileira a proibir sacolas plásticas

Sacolas plásticas serão substituidas  A conscientização ecológica pode mudar os rumos da sociedade e garantir um futuro melhor.
quinta-feira, 28 Fevereiro, 2008 - 21:00
Sacolas plásticas serão substituidas  A conscientização ecológica pode mudar os rumos da sociedade e garantir um futuro melhor. É o que afirma o vereador Arnaldo Godoy (PT), autor do projeto que originou a lei 9.529 de 27 de fevereiro de 2008, que obriga a substituição do uso de embalagens plásticas por sacos e sacolas ecológicas. Originada do projeto 1.332/07, a lei determina que os estabelecimentos privados e órgãos públicos substituam, no prazo máximo de três anos, o uso dos materiais plásticos. No Brasil, apenas o governo do Espírito Santo adotou, há menos de um mês, proposta parecida.
 
Arnaldo Godoy afirma que vai lutar pela derrubada do veto parcial do prefeito sobre a proposta inicial, que extingue a aplicação de multas para os infratores e aponta o material oxi-biodegradável como mais poluente que o plástico. “Isso não exclui o melhor do projeto, que é a mudança de postura em relação ao tipo de embalagem utilizada hoje. É importante lembrar que essa lei propõe a sensibilização das pessoas, que passarão a cobrar dos governantes e empresas atitudes mais ecológicas”, ressaltou.

A matéria foi aprovada por unanimidade na Câmara e elogiada pelos parlamentares da Casa. A sacola plástica utilizada no comércio leva até 400 anos para desaparecer no meio ambiente e representa 9,7% do lixo produzido em todo o país. Já as embalagens confeccionadas em material biodegradável, levam até 18 meses para se decompor. Outra alternativa ecologicamente correta é o uso de sacolas de lona, como era feito antes da explosão da indústria do plástico.
 
Meio ambiente

De acordo com Arnaldo Godoy, as sacolas e sacos plásticos jogados nos bueiros, entopem as redes de esgoto, causam enchentes e dificultam a compactação e decomposição dos detritos nos lixões. “Não há como o material oxi-biodegradável ser mais poluente que o plástico. Enquanto um se transforma em pó em apenas um ano e oito meses, o outro leva até 400 anos para se decompor”, afirmou.

Em Belo Horizonte, alguns empresários já substituem as sacolas plásticas por material biodegradável, como a Padaria Bonome e o supermercado Verdemar. “É importante a divulgação dessa lei, para que cada vez mais as pessoas se sintam bem com a preservação do meio ambiente”, lembrou.

Plasticomania

São jogados na natureza cerca de 500 bilhões de sacos plásticos por ano em todo o mundo. A luta mundial contra a “plasticomania” conta atualmente com importantes aliados, entre governos, organizações não-governamentais e até mesmo a iniciativa privada. Na Alemanha, por exemplo, quem não anda com sua própria sacola a tiracolo é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso dos sacos plásticos nas lojas. Já na Irlanda, paga-se um imposto de nove centavos de libra por cada sacola de plástico desde 1997, provocando a diminuição de seu consumo em 90% e permitindo a arrecadação de fundos para projetos de gestão de lixo.

Alguns municípios do estado do Paraná pretendem aplicar lei de crime ambiental sobre os supermercados que não adotem alguma alternativa ao uso de sacolas plásticas. São atitudes ainda muito tímidas, mas que podem ser o início de uma grande mudança dos rumos da humanidade. A discussão já se estendeu para o âmbito do poder municipal também de Maringá e de Curitiba, com programas que prevêem a substituição de sacolas plásticas por sacos de lixo biodegradáveis ou retornáveis.

Informações no gabinete Arnaldo Godoy (3555-1164/1165) e na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1216).