Comunidade discute criação de galpão de reciclagem

Ansiosos por informações quanto à inauguração de um galpão de reciclagem no Conjunto Granja de Freitas, representantes e colaboradores da Cooperativa Solidária dos Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste (COOPERSOL-LESTE) participaram, hoje, 6 de novembro, da audiência pública da Comissão de Administração Pública da Câmara Municipal de Belo Horizonte. A reunião ocorreu às 9 horas, no Plenário Helvécio Arantes.

Os integrantes da COOPERSOL lutam há quatro anos por um espaço adequado para realizar o trabalho de reciclagem. Diversas iniciativas foram criadas para se discutir o assunto, bem como parcerias com os órgãos responsáveis do Município, mas nada de concreto, além das discussões, aconteceu.

A comunidade exige uma posição dos representantes das cooperativas e os mesmos buscam entender o motivo da demora da implantação do galpão que promete gerar emprego e renda para moradores da região Leste de Belo Horizonte.

O vereador Paulo Augusto dos Santos ‘Paulão’ (PC do B), que presidiu o debate, falou da importância da reflexão sobre o assunto. Para o parlamentar, o projeto não vai resolver todos os problemas da comunidade, mas é um caminho na busca de melhorias.

“Espero que esse projeto crie renda e emprego, e que o povo tenha prazer de trabalhar na sua comunidade”, disse a líder comunitária do Barreiro, Vera Demétrio.

Segundo a superintendente da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Sinara Inácio Meireles, a implementação do projeto é um desejo antigo da prefeitura e da SLU. Ela esclareceu que as discussões iniciais, que atualmente ocorrem no Fórum de Lixo e Cidadania, possibilitam verificar os verdadeiros anseios da população.

A superintendente explicou as etapas da implementação de um projeto desse porte, inclusive os prazos em relação à captação de recursos e da liberação da verba. “São quase 1.500 metros quadrados de construção”, disse ela, reforçando que o projeto é complexo.

Em relação à inauguração, a Sinara garantiu que no final do primeiro semestre de 2009 o galpão estará em operação. Mas fez um apelo aos representantes da cooperativa. “A coleta seletiva tem que acontecer com qualidade e regularidade. O galpão vai ter que funcionar com uma rotina bem estabelecida, quase como uma indústria”, disse.

A capacitação profissional dos colaboradores é a maior preocupação do Poder Público. Consciente das exigências do mercado de trabalho em todas as áreas, a representante da COOPERSOL, Vilma da Silva, disse estar atenta a isso. “Nós queremos que esse sonho seja alcançado”, comentou.

A vereadora Neila Batista (PT), que acompanha o trabalho das cooperativas e os fóruns de discussões, enfatizou que a capacitação e formalização das entidades são fundamentais. “As pessoas devem ficar atentas às exigências legais, para que possam participar do processo de licitação que designa associações e cooperativas para trabalhar com a economia solidária”, comentou.

“É preciso também que se tenha interação com as demais entidades locais e que se preste atenção ao fato de que quanto maior a capacidade de atuação coletiva e de organização do funcionamento da cooperativa, maior será a capacidade de geração de renda, porque os cooperados não têm carteira assinada e ganham de acordo com a quantidade de material vendido”, lembrou a parlamentar.  

Estiveram presentes à audiência o presidente da COOPERSOL-LESTE, Marcos Antônio; a presidente da Associação Comunitária do Alto Vera Cruz, Valdete da Silva Cordeiro; a representante do Centro Público de Economia Solidária, Maria Lúcia Silva; a assessora da SLU, Patrícia Garcia, e a administradora da COOPERSOL, Neli de Souza.

Informações nos gabinetes dos vereadores: “Paulão(3555-1192/3555-1193)”, Neila Batista(3555-1182/3555-1183), e na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1216).