REUNIÃO PLENÁRIA

Vereadores cobram mais vigilância nos parques da cidade

Depredação de equipamentos públicos, uso de drogas e até mesmo assaltos ocorridos em parques do município foram lamentados por vereadores durante a plenária desta quarta (2/12). Para garantir a integridade do patrimônio e a segurança dos frequentadores, eles solicitaram maior vigilância e a presença constante da Guarda Municipal. A obstrução das votações pela oposição e a pauta da reunião com o prefeito e secretários em café da manhã oferecido na Casa também foram alvos de pronunciamentos.

quarta-feira, 2 Dezembro, 2015 - 00:00
Vereadores se pronunciaram sobre relações com o Executivo, conselhos deliberativos e segurança pública (Foto: Rafa Aguiar)

Vereadores se pronunciaram sobre relações com o Executivo, conselhos deliberativos e segurança pública (Foto: Rafa Aguiar)

Depredação de equipamentos públicos, uso de drogas e até mesmo assaltos ocorridos em parques do município foram lamentados por vereadores durante a reunião plenária desta quarta-feira (2/12). Para garantir a integridade do patrimônio e a segurança dos frequentadores, eles solicitaram maior vigilância e a presença constante da Guarda Municipal nesses locais. A obstrução das votações pela oposição e a pauta da reunião com o prefeito e secretários em café da manhã oferecido na Casa na última sexta-feira também foram alvos de pronunciamentos, que denunciaram e contestaram o suposto “balcão de negócios” entre os poderes. A reunião foi encerrada antes da apreciação da Ordem do Dia.

Indignado com o que classificou como “balcão de negócios” e “toma-lá-dá-cá”, o vereador Gilson Reis (PCdoB) criticou o teor e os objetivos da reunião realizada na última sexta-feira (27/11), quando o presidente da Câmara, Wellington Magalhães (PTN), membros da Mesa Diretora e demais vereadores receberam o prefeito Marcio Lacerda e os secretários municipais de Governo, Vítor Valverde, de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, e de Assuntos Institucionais, Marcello Abi-Saber para um café da manhã, em que foram discutidas propostas que aguardam aprovação na Casa. Para Reis, o “gesto de grandeza” do Legislativo não poderia ser transformado em uma “troca de favores”.

Segundo o oposicionista, que não participou da reunião, um jornal da capital divulgou que na ocasião o prefeito teria “aberto o caderninho” para anotar demandas individuais de vereadores, oferecendo “migalhas” em troca de apoio aos PLs “fajutos” do Executivo. Defendendo a independência do Legislativo e o diálogo com a população e os movimentos sociais, ele lembrou as tentativas de ocupação imobiliária de áreas como a Estação Ecológica de Fechos, em Nova Lima, e as matas do Planalto e do Jardim América, ironizando a participação de Lacerda na Cúpula do Clima em Paris enquanto “não respeita nem as árvores nem a água” em seu próprio município.  

Troca de informações

Protestando contra as “denúncias falsas” e “inverdades”, o vice-líder do governo Bruno Miranda (PDT) e os vereadores Márcio Almeida (PSD) e Elvis Côrtes (SD) asseguraram que o encontro teve a finalidade de esclarecer posicionamentos e perspectivas e promover o entendimento. Segundo eles, tratou-se de um encontro de troca de informações e de alinhamento entre o Executivo e o Legislativo, que são poderes independentes, mas funcionam em regime de cooperação. Os termos como “sem caráter” e “mentiroso” foram usados para se referir a um dos participantes do evento que, conforme o presidente Wellington Magalhães (PTN), teria passado anonimamente a falsa informação para a imprensa.

Por sua vez, o vereador Leonardo Mattos (PV) questionou a prática de obstrução da pauta por “meia dúzia de vereadores”, prejudicando o “trabalho árduo” desempenhado pelos colegas na elaboração e proposição de políticas públicas e impedindo o funcionamento da cidade. Ele cobrou maior produtividade da Casa na votação dos projetos de interesse da população, recomendando aos oposicionistas que busquem acordo com as lideranças de governo, encaminhem e votem conforme suas convicções. Mattos questionou ainda a “extrapolação” e os “abusos de poder” dos conselhos municipais, como os de Meio Ambiente, Política Urbana e Patrimônio, cujos poucos membros, escolhidos por indicação, vêm “desvirtuando” a função desses órgãos.

Segurança nos parques

Em sua fala, Reinaldo Sacolão (PMDB) denunciou a depredação total dos equipamentos públicos, como a Academia da Cidade, e o incêndio de uma construção histórica situada no parque municipal do Bairro Belmonte, ocorridos nos últimos dias. O parlamentar questionou a presença da Guarda Municipal somente até às 17h, deixando a população à mercê de vândalos e usuários de drogas que frequentam o local. Destacando a necessidade de zelar pelo patrimônio da cidade e a segurança do cidadão, ele apontou ainda problemas observados no Parque Guilherme Lage, no Bairro São Paulo.

Reforçando as palavras do colega, Joel Moreira Filho (PMDB) exibiu um filme publicitário da prefeitura sobre a segurança na cidade e criticou a divulgação de uma falsa realidade. Segundo ele, enquanto alega falta de recursos que poderiam ser alocados no aperfeiçoamento do sistema, a prefeitura prefere investir nesse “teatro”. O tema também foi abordado por Márcio Almeida, que denunciou a insegurança no Parque da Matinha, no Bairro União, e criticou a atuação da Polícia Militar, que a seu ver deveria “estar na rua e não dentro dos batalhões”.

Assista ao vídeo da reunião.

Superintendência de Comunicação Institucional