Plenário

Manifestações populares tomam a pauta do debate parlamentar

Em reunião plenária nesta quarta (5/2), os vereadores retomaram a discussão sobre os impasses na realização da IV Conferência Municipal de Política Urbana, que novamente foi marcada por grande manifestação popular na terça-feira (4/2), em Venda Nova. Também a mobilização de moradores da Ocupação Rosa Leão contra ação de despejo da Prefeitura esteve em pauta. A reunião foi encerrada por falta de quórum antes da apreciação dos projetos.

quarta-feira, 5 Fevereiro, 2014 - 00:00
Manifestações populares tomam a pauta do debate parlamentar. Foto Mila Milowski

Manifestações populares tomam a pauta do debate parlamentar. Foto Mila Milowski

Em reunião plenária na tarde desta quarta-feira (5/2), os vereadores retomaram a discussão sobre os impasses na realização da IV Conferência Municipal de Política Urbana, que novamente foi marcada por grande manifestação popular na noite de terça-feira (4/2) em Venda Nova. Também a mobilização de moradores da Ocupação Rosa Leão contra ação de despejo da Prefeitura esteve em pauta. A reunião foi encerrada por falta de quórum antes da apreciação dos projetos.

Com opiniões divergentes sobre os acontecimentos, alguns parlamentares apoiaram a manifestação popular e outros apontaram os transtornos causados pelas mobilizações. Juninho Paim (PT), Pedro Patrus (PT) e Gilson Reis (PCdoB) criticaram a postura da Prefeitura de Belo Horizonte em dar início à Conferência sem a aprovação do regimento interno pela plenária e sem abertura para o diálogo. “A realização da Conferência está completamente fechada, autoritária”, lamentou Gilson Reis, referindo-se à decisão da Prefeitura em realizar o evento com baixa representatividade popular, em espaço reduzido, impedindo maior participação, e, ainda, sem dialogar com os manifestantes que se opõem ao formato. O parlamentar lembrou o protesto realizado por mais de 200 pessoas que ficaram à porta do local de realização do 2º dia da Conferência, impedidos de entrar pela limitação do espaço (cerca de 80 pessoas).

Já os vereadores Wellington Magalhães (PTN) e Wellington Bessa “Sapão” (PSB) aproveitaram para defender a Prefeitura e a forma como está sendo realizada a IV Conferência Municipal de Política Urbana. Os parlamentares afirmaram que o debate está sendo realizado de forma democrática e transparente e que os protestos seriam um arranjo partidário da oposição.

Manifestação por moradia digna

A mobilização de moradores da Ocupação Rosa Leão em frente à sede da Prefeitura, na Avenida Afonso Pena (região central da cidade), gerou debate no Legislativo. Dezenas de famílias acampam em frente à PBH desde a noite de terça-feira (4/2) em protesto contra ação de despejo protocolada pelo Executivo. O ato reúne cerca de 150 pessoas, que vivem em um terreno na comunidade Zilah Spósito, no Bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte.

“Não podemos admitir que 150 pessoas atrapalhem toda a cidade. Nada contra as manifestações, mas é um absurdo interferir no trânsito de milhares de pessoas. Que seja criado um lugar próprio para manifestações”, posicionou-se o vereador Juliano Lopes (SDD), referindo-se à interrupção do tráfego na avenida, no sentido Rodoviária/Bairro Mangabeiras, em razão do acampamento.

Gilson Reis (PCdoB) criticou a opinião do colega, entendendo que é direito legítimo da população reivindicar a garantia de seus direitos pela Prefeitura e é importante que isso seja feito aos olhos de toda a população. Pedro Patrus também aproveitou para anunciar solidariedade e apoio às manifestações e reivindicações por moradia digna para a população de Belo Horizonte.

Assista aqui à reunião na íntegra. 

Superintendência de Comunicação Institucional