MULHERES

Grupo terá Flávia Borja à frente e Iza Lourença como vice no biênio

Mandato terá duração de dois anos. Também foram eleitos o membros da Comissão de Participação Popular

sexta-feira, 5 Fevereiro, 2021 - 14:45
Sete mulheres, todas de máscara, sentadas ao redor de uma mesa em formato de "u", em uma sala. Ao fundo, um telão e à direita, um homem e uma mulher, de pé, e um homem ao fundo sentado diante de um computador, os três de mascara.

Foto William Delfino/CMBH

A importância da comissão e a necessidade de reunir os mais diferentes posicionamentos políticos em favor da mulher foram reforçadas pelas vereadoras da Comissão de Mulheres na primeira reunião extraordinária do grupo, nesta sexta-feira (5/2). Flávia Borja (Avante) foi eleita presidente e Iza Lourença (Psol) vice no período de fevereiro de 2021 a dezembro de 2022. Para compor a Comissão de Participação Popular, foram indicadas Iza Lourença como efetiva e Marilda Portela (Cidadania) suplente. As reuniões semanais foram marcadas para as sextas-feiras, às 10h, no Plenário Helvécio Arantes. 

Juntamente com Iza Lourença, Sônia Lansky da Coletiva (PT) propôs mandato de um ano para presidente e vice, pela “possibilidade de um trabalho conjunto mais produtivo e harmonioso”. Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Flávia Borja defenderam o mandato de dois anos. A suplente Bella Gonçalves (Psol) sugeriu dividir o período de dois anos por três presidências, possibilitando a alternância das lideranças.

O desempate entre um mandato de dois anos e um mais breve ficou por conta da presidente interina da Comissão, Marília Portela, que optou pelo mandato de dois anos. “Quem assumir considerando que daqui a seis meses já não vai estar à frente talvez não tenha tempo de desenvolver tudo aquilo que pensou em trazer para a Comissão de Mulheres”, defendeu Marilda, acrescentando que “o momento agora é de renovação e de mantermos esse sentimento de colaboração dessa primeira reunião”.

Diversidade e autonomia

Flávia Borja e Fernanda Pereira Altoé reforçaram a importância da diversidade da comissão. “Eu sei que a gente tem aí uma diversidade e na multiplicidade de opiniões e posicionamentos eu sei que a gente vai construir o melhor para a cidade”, garantiu Flávia. “O importante é que nós possamos trabalhar de forma livre, trazendo as nossas ideias com apoio ao projeto da mulher, que é o nosso foco. O compromisso é compor diversos assuntos com respeito à igualdade de ideias”, disse Fernanda.

Sônia Lansky da Coletiva contou que já teve oportunidade de participar na comissão como cidadã prestigiando eventos e trazendo algumas demandas. “Temos à frente uma árdua luta para conquistar nossos direitos de igualdade, de respeito, de autonomia, de plena cidadania e redução das desigualdades de gênero, que é até plano municipal e eu até gostaria que, em algum momento, fosse tema dessa conversa nossa”, declarou.

Avanços históricos

Membro efetiva da comissão na legislatura anterior e suplente na atual, Bella Gonçalves relembrou um pouco da história da presença feminina da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ela contou na legislatura retrasada só havia uma mulher entre os 41 vereadores, número que aumentou para quatro na última legislatura. “As pessoas apostaram na disputa entre as mulheres e a gente construiu uma bancada de colaboração muito bonita. Debatemos temas diversos como encarceramento e violência contra a mulher. As mulheres construíram propostas conjuntas que avançaram muito em políticas públicas para mulheres, e eu tendo a acreditar que a criação da comissão pode ser em parte responsável pela ampliação do número de cadeiras de mulheres dentro da Câmara Municipal”, refletiu. E reafirmou o compromisso de colaboração para este mandato: “vamos mostrar que a gente está aqui para colaborar e trabalhar juntas”. Para ela os mais diversos perfis da comissão têm pautas comuns como o combate à violência contra a mulher e ao machismo na sociedade.

A nova composição da Comissão de Mulheres, totalmente feminina, foi comemorada por Iza Lourença. “A Comissão de Mulheres foi fruto de uma conquista de quatro mulheres da legislatura passada, e ser composta apenas por mulheres agora é um avanço. Nós temos onze mulheres eleitas na Câmara Municipal e essa comissão representa uma quantidade grande de votos. Nós representamos muitas de nós que estamos para além dessa Casa”, afirmou.

Macaé Evaristo (PT), suplente na comissão, sublinhou a importância da representatividade da mulher negra dentro e fora da Câmara. “Eu quero falar aqui das mulheres negras. Nós somos sempre subrepresentadas nos lugares de poder, no setor privado e nos escalões mais altos, mas hiperrepresentadas quando se trata de exclusão, de desemprego e de pegar ônibus lotado às cinco, seis horas da manhã. Por isso eu acho que essa comissão tem um papel muito importante: pensar política para as mulheres, pensar a constituição de uma sociedade mais justa e mais democrática”, disse.

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional

1ª Reunião Extraordinária  - Comissão de Mulheres