CONTRA O CORONAVÍRUS

Câmara vai receber secretário de Saúde para discutir enfrentamento à Covid-19

A reunião especial será realizada na próxima quinta-feira (9/4), às 10h, no Plenário Amynthas de Barros, com transmissão ao vivo

quinta-feira, 2 Abril, 2020 - 17:30
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Foto: Divulgação/ CMBH

Em reunião excepcional na manhã desta quinta-feira (2/4), a Mesa Diretora e a Comissão de Saúde e Saneamento anunciaram a realização de uma reunião especial, já na próxima semana, para receber o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e discutir as medidas implementadas pela PBH e as perspectivas para enfrentamento da Covid-19 na capital. A atividade está prevista para o dia 9 de abril (quinta-feira), a partir das 10h, no Plenário Amynthas de Barros. Em atenção às orientações dos órgãos de saúde para prevenção aos riscos da doença, a galeria vai estar fechada e o acompanhamento da reunião poderá ser feito somente pela transmissão ao vivo, disponível no Portal da Câmara. Será permitido o acesso  presencial somente da imprensa, dos vereadores e da equipe técnica de apoio. Os cidadãos podem enviar suas dúvidas e comentários diretamente aos parlamentares, que poderão representá-los durante a conversa.

Plano de ação

Reunidos nesta manhã, integrantes da Comissão de Saúde e da Mesa Diretora discutiram as ações que podem ser desenvolvidas pela Câmara, inclusive durante o período de isolamento social, para acompanhamento e fiscalização das medidas implantadas pela Prefeitura no combate à pandemia. A realização da oitiva com o secretário Jackson Pinto é uma das primeiras ações, que deve esclarecer o que tem sido feito nas últimas semanas e apontar as previsões para o mês de abril.

Presidente da Comissão e autor da sugestão para a oitava com o secretário, o vereador Fernando Borja (Avante) alertou para a necessidade de um plano de contingência, a ser elaborado pela Prefeitura, que exponha o planejamento estratégico de enfrentamento à doença. De acordo com os parlamentares, o objetivo da reunião especial é saber se o Município tem um plano de ação desenhado e o que ele prevê. Os vereadores destacaram dúvidas que surgem entre a população, como a expectativa de retorno à circulação e desmobilização do isolamento social, se será gradual, se haverá escalonamento e como isso ocorreria.

Trabalhadores afetados

“A vida em primeiro lugar. Sem a vida não interessa dinheiro. Mas também é importante pensar no comércio, principalmente dos bairros”, lembrou Catatau do Povo, vice-presidente da Comissão de Saúde. O vereador pediu à população que valorize e contribua para a sobrevivência dos pequenos empreendimentos. Onde tiver um sacolão, um armazém, dê preferência ao vizinho, para fortalecer o comércio do bairro", recomendou.

Por videoconferência, o 2º vice-presidente da Câmara, Jair Di Gregório (PP), internado para tratamento dos sintomas da Covid-19, ressaltou sua preocupação com a economia da cidade durante e após o período de quarentena. “Vejo com muito bons olhos esse trabalho que está sendo realizado. Juntos, temos que achar as alternativas e participar das decisões da cidade”, comentou Di Gregório. 

O vereador Preto (DEM), 1º vice-presidente da Casa, sugeriu convidar também o secretário municipal de Fazenda, Fuad Noman, e o prefeito Alexandre Kalil para comparecer à Câmara e apresentar o planejamento estratégico econômico em atenção à classe média da cidade, “que paga o salário do rico e do pobre e está quebrando”, de acordo com o parlamentar.

Duração do isolamento

O médico Ricardo Lage (representando a Seção Médica da Câmara de BH) reconheceu que a quarentena tem que ter uma duração definida, mas alertou que não se pode abrir todo o comércio ao mesmo tempo, porque isso pode levar a uma sobrecarga no sistema de saúde. “É preciso ter uma estratégia. Quais são as prioridades e quem tem que voltar primeiro a circular”, afirmou o médico, pontuando que a cidade deve voltar a se mover, mas é preciso pensar como e quando fazê-lo.

A presidente Nely Aquino (Pode), que testou positivo para a doença e cumpriu o período de confinamento conforme recomendação médica, reafirmou que, em atendimento às orientações dos órgãos nacionais e internacionais de saúde, a Câmara segue em trabalho remoto, evitando aglomerações. Seguem suspensas as reuniões ordinárias de Plenário e comissões, conforme estabelecido pela Portaria nº 18.884/2020. “A maior dificuldade é a incerteza e a insegurança. Ninguém sabe quando, nem como a circulação será retomada. Isso é que está matando a sociedade”, destacou Nely, afirmando que a Câmara está empenhada no diálogo com a Prefeitura para construir as melhores soluções.

Participaram da reunião desta quinta (2/4) a presidente Nely Aquino (Pode) e os vereadores Preto (DEM), Jair Di Gregório - PP (por videoconferência), Carlos Henrique (sem partido), Catatau do Povo (sem partido), Fernando Borja (Avante), Bim da Ambulância (PSDB) e Hélio da Farmácia (sem partido). Também estiveram presentes servidores da Diretoria do Processo Legislativo, da Procuradoria do Legislativo, da Seção Médica da Câmara e da assessoria da Presidência.

Superintendência de Comunicação Institucional