MEIO AMBIENTE

Avança projeto que reconhece Caminho do Lipa como rota ecoturística de BH

Trilha histórica que une BH a Nova Lima sofre com falta de sinalização, infraestrutura e segurança  

segunda-feira, 1 Dezembro, 2025 - 18:00
vista da serra do curral

Foto: PBH

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana aprovou, em reunião realizada nesta segunda-feira (1º/12), parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 470/2025. De autoria de Luiza Dulci (PT), o PL tramita em 1º turno e declara o Caminho do Lipa como rota ecoturística de Belo Horizonte, propondo a criação de um programa para a valorização de seus ambientes natural, histórico e cultural. A trilha histórica conecta BH a Nova Lima, passando por locais como a Mata da Baleia e o Pico Belo Horizonte. Segundo parecer da relatora Iza Lourença (Psol), a proposta “contribui para o fortalecimento das políticas municipais de preservação ambiental, especialmente no que se refere à proteção da Serra do Curral, bem tombado em âmbito municipal e estadual”.  O PL ainda segue para apreciação em outras comissões temáticas antes de ter sua primeira avaliação em Plenário. Confira o resultado completo da reunião.

Sinalização e segurança

Para Luiza Dulci, apesar de seu valor simbólico e pedagógico, o trajeto ainda carece de estrutura adequada e reconhecimento institucional, o que poderia ser melhorado a partir da implementação do programa.

“A ausência de sinalização, infraestrutura de apoio e garantias de segurança limita o pleno aproveitamento de seu potencial. Apresentamos o projeto de lei para reconhecer oficialmente o Caminho do Lipa como rota ecoturística, garantindo investimentos, infraestrutura e preservação desse patrimônio natural da cidade”, afirma Luiza Dulci.

Como surgiu

A parlamentar explica que a criação da rota homenageia o Professor Antônio Carlos Liparini, pioneiro nas expedições pela Serra do Curral desde o fim da década de 1960, quando ainda era estudante de História Natural na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Inicialmente, de 1969 a 1978, o trajeto começava na Praça da Polar (atual Praça Milton Campos), passava pelo Parque das Mangabeiras, alcançava o Pico Belo Horizonte e descia até o município de Nova Lima. “Com a instalação da MBR [Minerações Brasileiras Reunidas] e o cercamento do parque em 1979, o ponto de partida foi alterado para o Cemitério da Saudade, passando pela Mata da Baleia, antes de seguir até o pico e, de lá, para Nova Lima”, afirma a parlamentar.

Parecer

Para a relatora Iza Lourença, a instituição do Programa da Rota Ecoturística incentiva "práticas de turismo responsável", atividades de educação ambiental, caminhadas, esportes e lazer ao ar livre, promovendo benefícios sociais e contribuindo para a qualidade de vida da população

“A proposição está em consonância com diretrizes do Plano Diretor e demais instrumentos de ordenamento territorial, promovendo integração entre proteção ambiental, uso social do espaço e gestão urbana. O reconhecimento da rota favorece o ordenamento do fluxo de visitantes, a prevenção de impactos e a qualificação da ocupação do território”, afirma a relatora em seu parecer.

Tramitação

Com o aval da Comissão de Meio Ambiente, o PL 470/2025 segue para apreciação das Comissões de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo; e Orçamento e Finanças Públicas. Só depois poderá ser avaliado pelo Plenário da CMBH, precisando do voto da maioria dos presentes para seguir tramitando em 2º turno.

Superintendência de Comunicação Institucional

Audiência pública para discutir o real interesse da PBH na construção de um conjunto habitacional no Conjunto Ernesto Nascimento, localizado no Bairro Vale do Jatobá. 40ª Reunião Ordinária - Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana