Técnicas sustentáveis para prevenir enchentes em debate nesta quinta (28/8)
Encontro pretende discutir modelos como cidades-esponja e drenagem verde usados na China, nos EUA e em países da Europa

Foto: Pixabay
Debater técnicas inovadoras e sustentáveis de prevenção a enchentes a partir de experiências exitosas no Brasil e no exterior. Esse é o objetivo da audiência pública que deve ocorrer nesta quinta-feira (28/8), às 13h, na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Solicitado por Uner Augusto (PL), o encontro ocorre no âmbito da Comissão Especial de Estudo - Águas Pluviais e Prevenção de Riscos e deve discutir técnicas que aliam infraestrutura verde, sustentabilidade urbana e recarga de aquíferos. Para a audiência pública foram convidados representantes de órgãos do Executivo ligados às áreas de obras e infraestrutura urbana. Interessados no debate podem acompanhar a audiência no Plenário Camil Caram ou virtualmente pelo portal ou canal da Câmara no YouTube.
Modelos alternativos à canalização
A Comissão de Estudo - Águas Pluviais e Prevenção de Riscos foi criada em meados de abril com o objetivo, dentre outros, de entender as condições atuais de infraestrutura de drenagem de BH. O colegiado também pretende propor ações para prevenir impactos de enchentes e inundações na cidade. Segundo Uner Augusto, a audiência desta quinta-feira tem como finalidade apresentar alternativas modernas à tradicional canalização de córregos, avaliando a viabilidade de sua aplicação na cidade que hoje "enfrenta crises cíclicas de alagamentos, agravadas por impermeabilização do solo e mudanças climáticas".
Durante o encontro, segundo informações do requerimento, ao menos quatro tecnologias devem ser abordadas:
1. Low Impact Development (LID) — presente nos Estados Unidos, é um sistema descentralizado de drenagem que utiliza poços de infiltração, jardins de chuva, pavimentos permeáveis e outras técnicas para reter e infiltrar a água da chuva no local onde ela cai, promovendo a recarga do lençol freático e aliviando o sistema pluvial.
2. Cidades-esponja — presente principalmente na China, o modelo é adotado em cidades como Wuhan e Shenzhen. É baseado na criação de parques alagáveis, pavimentos bioabsorventes, lagos urbanos e zonas de retenção natural, que absorvem o excesso de água da chuva e a devolvem lentamente ao meio ambiente.
3. Blue-Green Infrastructure — adotado na Europa (Países Baixos, Alemanha, Reino Unido), o sistema busca a integração entre infraestrutura hídrica (blue) e áreas verdes (green) para criar corredores naturais de drenagem, bacias urbanas e redes de vegetação conectadas aos sistemas de drenagem.
4. Sustainable Urban Drainage Systems (SUDS) – adotado no Reino Unido, o modelo é semelhante ao LID, voltado à prevenção de enchentes e melhoria da qualidade da água, com controle do escoamento superficial por meio de soluções baseadas na natureza.
Convidados
Para a audiência pública foram convidados representantes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap); da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil; e da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel).
Superintendência de Comunicação Institucional