PBH Ativos S/A fechou balanço de 2024 com lucro líquido de R$ 32,6 milhões 

As Comissões de Orçamento e Finanças Públicas e de Administração Pública e Segurança Pública receberam, em reunião conjunta realizada nesta segunda-feira (25/8), diretores da PBH Ativos S/A para apresentação do relatório financeiro referente ao ano de 2024. No período, a companhia registrou lucro líquido de R$ 32,6 milhões. O resultado é quase 25% menor que o apurado em 2023, quando foi registrado um lucro líquido de R$ 42,4 milhões. O requerimento da reunião foi assinado pelos presidentes dos dois colegiados, Leonardo Ângelo (Cidadania) e Wagner Ferreira (PV). A apresentação do relatório anual na Câmara é prevista na Lei 10.003/2010, que instituiu a empresa. 

O que faz a PBH Ativos

Sociedade anônima de capital fechado, a PBH Ativos tem como principal acionista o Município de Belo Horizonte, que detém 99,9% de suas ações. O restante é dividido entre as Empresas de Informática e Informação (Prodabel) e de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Os objetivos da companhia são: modelar e acompanhar a gestão contratual de concessões para assegurar a viabilidade dos projetos; constituir garantias de pagamento nos contratos de concessão assinados pela administração municipal; estruturar e gerenciar as operações de securitização da dívida para o municípiom entre outros. 

A PBH Ativos não conta com repasses do orçamento municipal para seu custeio. No início deste ano, o Executivo sancionou a Lei 11.801/2025, aprovada pela Câmara Municipal, que autoriza a companhia a atuar fora dos limites de Belo Horizonte. A empresa pode auxiliar “órgãos e entidades da administração pública de outros entes federativos” na formulação e implementação de projetos de infraestrutura, concessões, parcerias público-privadas (PPPs), desestatização e outros projetos de interesse público. 

Prestação de contas à sociedade

O atual presidente da PBH Ativos, Leonardo Maurício Colombini Lima, participou da reunião acompanhado de diretores da empresa. Leonardo ressaltou que assumiu o cargo no início deste ano e que, por isso, passaria a apresentação dos números para a diretora executiva, Roberta Hygino Roletti Zimmer. Antes, no entanto, fez questão de salientar a importância do encontro. “Somos todos servidores públicos de carreira e a sociedade é o nosso patrão. Prestar contas é nossa obrigação”, afirmou. 

Roberta começou sua apresentação ressaltando que a PBH Ativos dispõe de uma auditoria independente para acompanhar a prestação de contas, e que todos os números referentes a 2024 foram aprovados sem ressalvas. Segundo ela, as receitas operacionais foram de R$ 11,5 milhões, e as receitas financeiras líquidas de R$ 34,92 milhões. O lucro líquido (R$ 32,6 milhões) corresponde a R$ 0,90 por ação – no final de 2023, esse valor era de R$ 1,29 por ação. No final do ano passado, a empresa mantinha em caixa R$ 196,3 milhões para assegurar seus compromissos financeiros. 

De acordo com a apresentação, as despesas com pessoal somaram quase R$ 6,8 milhões. Despesas administrativas foram cerca de R$ 4,1 milhões e as despesas tributárias, R$ 2,5 milhões. 

“Em 2024, nós distribuímos aproximadamente R$ 30 milhões para o Município, que é o nosso acionista majoritário. Isso mostra como a PBH Ativos, além de ser uma empresa independente do tesouro, tem feito uma gestão eficiente de seus recursos”, disse Roberta.

Garantia a PPPs

Atualmente, a PBH Ativos atua como garantidora de três parcerias público-privadas: na área de educação, em que também presta assessoramento técnico à secretaria municipal para a administração de 57 Emeis e seis Emefs; no Hospital Municipal Dr. Célio de Castro, em que também assessora a Secretaria Municipal de Saúde; e na atenção primária à saúde, em que a parceira gerencia serviços não essenciais de 59 centros de saúde e de uma central de materiais.  “A nossa função como garantidora é estarmos aptos a socorrer os equipamentos públicos em qualquer descumprimento ou rescisão de contrato, o que não deve ocorrer, visto o bom andamento desses projetos”, afirmou Roberta.

A companhia atua ainda na modelagem de parcerias para a iluminação pública, energia renovável, contratação de startups, requalificação do Centro de BH, entre outros. O vereador Leonardo Ângelo quis saber mais detalhes sobre o projeto de utilização de energia fotovoltaica pela administração municipal. O PL 2023/2025, de sua autoria, que estabelece diretrizes para a instalação dessas usinas destinadas à alimentação de estações de recarga de veículos elétricos em BH, foi aprovado no início de agosto em 1º turno pelo Plenário. O diretor de negócios, Gilberto Silva Ramos, explicou que foram celebrados contratos para a locação de usinas de minigeração distribuída na modalidade de autoconsumo remoto, mas que ainda haveria espaço para a inclusão de novos projetos no programa. 

Wagner Ferreira (PV) questionou a quantidade de servidores na PBH Ativos e como era feita a contratação do pessoal. Roberta Zimmer relatou que atualmente a companhia conta com 35 profissionais e que já realizou seu segundo concurso público. “Hoje mesmo, antes de virmos para cá, demos as boas-vindas a duas novas colegas, uma analista contábil e uma analista administrativa”, disse. Segundo ela, as colaboradoras recém-contratadas irão atuar na área de licitações e contratos.

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