CPI DA COVID-19

Fornecedores de máscara de proteção devem depor como testemunhas na quinta

Valores unitários das máscaras adquiridas pela Prefeitura sem licitação variaram de R$ 1,99 a R$ 3,88

segunda-feira, 2 Agosto, 2021 - 18:45
PBH, por meio da Guarda Municipal, distribui máscaras de proteção à covid-19 no Bairro Santa Efigênia

Foto: Rodrigo Clemente/PBH

O representante legal da empresa Basic Promo Clothing, Eneas Silva Dias, deverá prestar informações, na condição de testemunha, à CPI da Covid-19, no dia 5 de agosto, às 9h. Logo em seguida, às 9h30, será a vez de Leandro Alves dos Reis, representante legal da empresa Multifarma Produtos Hospitalares, falar à comissão também na condição de testemunha. Ambas as empresas foram contratadas pela PBH para fornecer máscaras de proteção individual para prevenção contra o novo coronavírus. Enquanto a Basic Promo Clothing forneceu cada máscara pelo valor de R$ 1,99, a Multifarma Produtos Hospitalares cobrou pelo mesmo equipamento de proteção o valor unitário de R$ 3,88. Os requerimentos por meio dos quais os representantes das empresas foram intimados a comparecer na CPI são assinados pelo vereador Professor Juliano Lopes (Agir), que preside o colegiado.

A Basic Promo Clothing foi contratada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para fornecer 100 mil máscaras de proteção individual, confeccionadas em tecido, com o valor unitário de R$ 1,99 e valor total de R$ 199 mil. Já a Multifarma Produtos Hospitalares forneceu à PBH 630 mil unidades desse mesmo equipamento de proteção individual pelo valor de R$ 3,88 cada uma, totalizando R$ 2,44 milhões. A cada máscara fornecida pela Multifarma, a PBH pagou R$ 1,89 a mais do que pagou pelo produto fornecido pela Basic Promo Clothing. Para as compras foi adotado o procedimento de dispensa de licitação.

As máscaras foram compradas pela Prefeitura como medida adicional na contenção da covid-19. Os equipamentos de proteção foram distribuídos às populações mais vulneráveis, com destaque aos moradores de vilas e aglomerados que sofrem maior risco de contaminação pela dificuldade de isolamento social. A PBH adquiriu um total de 2 milhões de máscaras de proteção individual de nove diferentes empresas. A Basic Promo Clothing apresentou o valor unitário mais baixo pela máscara, e a Multifarma Produtos Hospitalares o mais alto. Ao estipular os requisitos para aquisição emergencial das máscaras, a PBH especificou que elas deveriam ser da cor branca, reutilizáveis, sem logotipo, confeccionadas em tecido duplo, de algodão/tricoline, antialérgicas, ter três pregas franzidas, costura reta, laterais com elástico ou tira de pano para amarração. Durante a reunião da CPI, os representantes das empresas deverão apresentar informações sobre o processo de aquisição das máscaras pela PBH.

Superintendência de Comunicação Institucional