CPI DA BHTRANS

Intimado como testemunha, empresário não poderá ficar calado em nova oitiva

Outro requerimento questiona Procuradoria da CMBH sobre possibilidade de exigir comparecimento pessoal de investigados e testemunhas

quinta-feira, 8 Julho, 2021 - 13:30
Vereadores Gabriel, Bráulio Lara, Professor Claudiney Dulim, Rubão, Reinaldo Gomes Preto Sacolão, Wanderley Porto e Wilsinho da Tabu, em reunião da CPI da BHTrans, nesta quinta-feira (8/7)

Foto: Abraão Bruck / CMBH

Após permanecer em silêncio diante das quase cem perguntas feitas pelos vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans na reunião de ontem, o empresário Roberto José Carvalho, dono da Rodopass, foi intimado a depor como testemunha no dia 13 de julho, às 9h30. O empresário tinha sido convidado para a oitiva de ontem, mas agora convocado na condição de testemunha não poderá ficar calado. A decisão foi tomada pela CPI nesta quinta-feira (8/7), quando também foi aprovada solicitação de análise, pela Procuradoria da Câmara Municipal, da possibilidade de exigir-se o comparecimento pessoal de investigados e testemunhas.

Documentos recolhidos pela CPI e apresentados na reunião de ontem indicam que Roberto José Carvalho administram, além da Rodopass, outras duas empresas de ônibus na Região Metropolitana, todas concorrentes no processo licitatório feito pela Prefeitura para a concessão dos serviços de transporte público da cidade, em 2008. As investigações apontam que custos de empresa comandada por Carvalho que opera no transporte público de Governador Valadares teriam sido pagos pelo caixa da Rodopass, que mantém contrato para atuar na capital mineira. Planilhas e notas fiscais indicam que até mesmo despesas com casamento e gastos lançados como escola teriam sido pagos pela Rodopass, custos que podem ter sido incluídos na análise de cutstos de operação que determinou o valor da tarifa de ônibus em BH. 

pedido de Gabriel (sem partido), presidente da CPI, foi aprovada a convocação de Roberto José Carvalho para prestar, presencialmente, informações como testemunha sobre documentos que indicam possível fraude no processo de licitação 131/2008 foi . 

Outro requerimento de Gabriel solicita à Procuradoria da Câmara que se manifeste sobre a possibilidade de exigência do comparecimento pessoal de investigados e testemunhas a prestarem depoimentos na CPI. O vereador defende o procedimento, argumentando que o mesmo já é adotado por CPIs na esfera federal.

Participaram da reunião os vereadores Gabriel, Bráulio Lara (Novo), Professor Claudiney Dulim (Avante), Rubão (PP), Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), Wanderley Porto (Patri) e Wilsinho da Tabu (PP), e a vereadora Bella Gonçalves (Psol).

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional

13ª Reunião - Comissão Parlamentar de Inquérito: BHTrans