EDUCAÇÃO

Em visita técnica, pais de alunos pedem reforma e retorno das aulas no Imaco

Após detectação de problemas na estrutura do prédio, atividades foram transferidas para sede da Secretaria de Educação

terça-feira, 27 Março, 2018 - 15:30

Foto: Bernardo Dias/Câmara de BH

O remanejamento de alunos da Escola Municipal Imaco, situada no Funcionários, para o prédio da Secretaria Municipal de Educação de BH, no Santo Antônio, tem gerado dúvidas e desconforto entre pais e alunos. A mudança teria sido motivada pela detecção de rachaduras no prédio, o que, no entendimento da PBH, poderia comprometer a estrutura da escola e a segurança dos alunos.  Para averiguar de perto a situação, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo realizou vistita técnica ao Imaco nesta terça-feira (27/3), por requerimento do vereador Gilson Reis (PCdoB), mas não conseguiu entrar na unidade pela falta de representantes da Prefeitura.

A situação de alunos ainda é provisória. Segundo informações do gabinete parlamentar, o prazo para a permanência dos estudantes nas dependências da Secretaria é de 30 dias corridos. Encerrado esse tempo, todos seriam realocados no prédio da Escola Estadual Pedro Américo, localizado no bairro de Santa Tereza, cedido ao Município pelo Estado.

Posicionamento parlamentar

Apesar da ausência de autoridades do governo, Gilson Reis (foto abaixo), acompanhado da equipe do vereador Catatau (PSDC), caracterizou como arbitrária a decisão de remanejar os alunos do Imaco. Destacando a trajetória da escola, uma das mais tradicionais de BH, Reis defendeu mudanças que garantam o pleno atendimento dos alunos: “temos uma escola bem estruturada, situada em uma região nobre da cidade, que conforme professores, possui um projeto pedagógico definido. Uma escola referência na rede municipal. Nós queremos que a escola seja reformada imediatamente e que os alunos possam voltar para continuar o ano letivo", afirmou o vereador. 

Pais insatisfeitos

Camila Abranches Matos, mãe de uma aluna do colégio, hoje faz parte de um grupo de pais e mães insatisfeitos com as providências que vem sendo tomadas pelo poder público. Ela também esteve presente, nesta manhã, e revelou indignação com os desdobramentos do caso, lamentando o posicionamento da Secretaria de Educação, mas elogiando a diretoria da escola. “A direção quer contornar, está preocupada com os alunos e professores. Ela está atendendo aos pais de maneira muito presente", destacou, alegando ainda que o diálogo com a Prefeitura não estaria sendo tão fácil. 

Para Camila Matos, a estadia dos alunos no prédio da Secretaria de Educação é inviável. “Minha menina está assistindo as aulas em corredor que está com divisórias de plástico para separar as turmas”, lamentou.

Sobre uma possível transferência para o bairro de Santa Tereza, Camila reclama que, caso essa transição seja confirmada, tanto ela quanto outros pais precisarão procurar outras escolas, já que a mudança dificultaria deslocamento de muitos.

Ela defende ainda que as mesmas transformações que deverão ser feitas na escola do Santa Tereza para receber os alunos, poderiam ser feitas no próprio Imaco, de modo a favorer o retorno dos alunos para o prédio original.

Vereadores da Câmara Municipal se manterão em diálgo com os pais com representantes do Executivo para buscar saídas que atendam plenamente à comunidade escolar. 

Superintendência de Comunicação Institucional