EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Falta de acessibilidade em escola coloca em risco crianças com deficiência

Apesar da falta de rampas de acesso, dedicação dos professores foi elogiada pela comissão; ofício será enviado para Secretaria de Educação

terça-feira, 5 Dezembro, 2017 - 15:00

Foto: Marcelo Caciano / CMBH

Pais de crianças especiais matriculadas na Escola Municipal Fernando Dias Costa, no Bairro Taquaril, denunciam as grandes dificuldades enfrentadas pelos alunos, devido à falta de acessibilidade. Eles dizem que mal conseguem chegar às salas porque não há rampa de acesso nem elevador. A situação foi verificada em visita técnica realizada pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, na manhã desta terça-feira (5/12). Requente da atividade, o vereador Cláudio da Drogaria Duarte (PMN) elogiou a dedicação dos funcionários da escola e informou que vai encaminhar ofício à Secretaria Municipal de Educação, solicitando celeridade na adequação do espaço.

A falta de acessibilidade na Escola Municipal Fernando Dias Costa tem colocado alunos, professores e funcionários em riscos diariamente. Sem rampas de acesso, plataformas ou elevadores, crianças cadeirantes são carregadas pelas escadas que dão acesso às dependências do edifício. “Sem nenhuma autonomia e segurança, o deslocamento das crianças pela escola depende de dois a três profissionais para carregarem as cadeiras de rodas para subirem ou descerem as escadas”, denunciou um morador da região.

Equipe capacitada

Gerente da Equipe de Inclusão Escolar, Heloísa do Socorro Pereira apontou que em toda a capital existem aproximadamente quatro mil crianças com algum tipo de deficiência estudando em escolas da rede pública de ensino. “Para atender essa demanda, existem 1800 profissionais amplamente instruídos e capacitados para atuar com esses alunos”, garantiu a educadora.

Para a diretora Regional de Educação, Flávia Pavan, mesmo com falhas na acessibilidade da unidade, o atendimento a esses alunos de diferentes deficiências é realizado da melhor maneira possível, com total empenho da equipe de profissionais. Pavan garante que os especialistas possuem formação para definir procedimentos didáticos e pedagógicos diferenciados, propiciando o acesso do aluno ao currículo escolar e à utilização de recursos de tecnologia assistiva, materiais e equipamentos específicos.

A diretora da escola, Miriam de Souza Andrade Ferreira, explicou que o espaço vem sendo adaptado gradativamente, conforme a demanda dos estudantes e educadores. “Até o momento, algumas salas, banheiros, portas e mobiliários já foram adaptados, no entanto, a instalação de rampas, plataformas ou elevadores, que dariam acesso às demais dependências da escola, não foram feitas ainda devido a problemas geológicos e de limitações estruturais na edificação”, esclareceu Ferreira.

Encaminhamentos

Subsecretária municipal de Educação, Natália Araújo informou que a Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), assinou um convênio com a Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para que os alunos do curso, orientados pelos professores, façam os projetos de acessibilidade das escolas públicas do município. “A expectativa é de que até o ano de 2019 todas as escolas da capital estejam com as obras de acessibilidade em fase de execução”, garantiu Araújo.

Cláudio da Drogaria Duarte elogiou a dedicação dos educadores e demais funcionários da escola, e informou que vai encaminhar, por meio da comissão, ofício à Secretaria Municipal de Educação, solicitando a execução de um projeto que possa contemplar a construção de uma rampa de acesso, visando o bem estar e a segurança dos alunos e dos servidores. “Hoje há um número significativo de alunos incluídos na rede pública de ensino. É preciso investir na adaptação desses locais”, afirmou o parlamentar.

Superintendência de Comunicação Institucional

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