Últimas considerações são discutidas em reunião na Câmara



O encontro entre carnavalescos e autoridades responsáveis pelo carnaval teve o objetivo de promover a discussão sobre assuntos como: estrutura física, segurança, licenciamento, sistema de som, regulamento e ordem das escolas de samba.
De acordo com o vereador Hugo Thomé, a tentativa de transferir o carnaval para o centro de Belo Horizonte se deu por diversos motivos: “A Praça da Estação é um local espaçoso, onde são realizados eventos como o Festival Internacional de Teatro (FIT) e Arraiá de Belo”. Ele lembrou que existem pontos, nas proximidades da praça, que poderiam abrigar os carros alegóricos, como a Serraria Souza Pinto, a Casa do Conde, o Projeto Muguilim e rua Aarão Reis”.
O diretor de Eventos da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Tadeu Martins, que integra a comissão especial do carnaval 2008, informou que a Prefeitura solicitou análise de 30 instituições responsáveis pela estrutura necessária para a realização da festa, na tentativa de transferir o evento.
“A realização do carnaval na Praça da Estação, no momento, não seria viável, porque envolve fatores como segurança e infra-estrutura”, justificou Tadeu Martins. Ele ressaltou que o local está próximo à região hospitalar, e que seria difícil fazer a mudança em curto espaço de tempo. “O estudo para a transferência pode ser feito no próximo ano”, acrescentou.
Avanços
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcellos (PV), presidente da comissão especial responsável pelo evento, elogiou a iniciativa dos parlamentares da Câmara, que, mesmo no período de recesso, organizaram reuniões formais e informais para viabilizar o carnaval. “Depois que a frente parlamentar foi criada, tivemos grandes avanços. No dia 7 de janeiro foi eleita a Corte Momesca, com participação de cinco jurados, todos indicados por emissoras de televisão”, informou.
Durante a reunião, o presidente da Associação Cultural Samba 10, Luiz Carlos Novais, forneceu detalhes de como seria o desfile das escolas de samba no dia 5 de fevereiro. “Há dois anos tentamos organizar o carnaval não oficial, no centro de Belo Horizonte. O evento, na Praça da Estação, seria uma réplica do desfile tradicional, mas teriam uma duração menor”. A maioria das escolas aderiu à idéia, mas para que o projeto se concretize, é necessário o aval da Prefeitura e dos organizadores do evento.
Mobilização
O representante do Grêmio Recreativo Chame-Chame, Afonso Marra Filho, disse que a tentativa corre o risco de não dar certo. “Vejo com temeridade a proposta de um desfile paralelo. Os blocos não teriam condições de voltar a desfilar na terça-feira, e somente três ou quatro escolas poderiam fazer uma boa apresentação”. Carnavalesco há 48 anos, ele sugeriu que o evento seja fortalecido em Belo Horizonte.
O vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval, vereador Carlúcio Gonçalves (PR), disse que a mobilização em torno do evento deve ter início, pelo menos, seis meses antes da festa. “Temos que divulgar o carnaval, inclusive no site da Câmara, e preparar um book com fotos para divulgação”, sugeriu.