Falta de ônibus noturno em Belo Horizonte será debatida na quinta (24)

A Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços vai debater, na quinta-feira (24/7), a falta de circulação de ônibus noturno em Belo Horizonte e o impacto no comércio de bares e restaurantes. A audiência foi proposta por Helton Junior (PSD), Iza Lourença (Psol), Luiza Dulci (PT) e Trópia (Novo), e será realizada no Plenário Helvécio Arantes, às 13h30. Foram convidados representantes do Executivo municipal, sindicatos de transporte e lojistas, além de donos de bares e restaurantes da capital. A reunião é aberta ao público e pode ser acompanhada presencialmente ou pela transmissão ao vivo no portal e no canal da CMBH no YouTube.

Impacto na economia

Segundo os proponentes da audiência, a ausência da prestação de serviço de transporte coletivo no período noturno tem consequências diretas no acesso da população ao lazer, já que dificulta o retorno das pessoas para casa em horários mais avançados. Trabalhadores que atuam em serviços que funcionam no turno da noite, como bares e restaurantes, também têm dificuldade na mobilidade. A falta de ônibus noturnos impactaria o comércio da cidade, diminuindo o número de clientes e criando impasses, inclusive, para a contratação de pessoal para o turno da noite.

“A oferta de ônibus noturno gera maior acesso à cidade e também possibilidade de aumento da circulação de pessoas nas áreas comerciais, o que impacta positivamente na economia e na segurança”, afirmam os autores do requerimento.

Pesquisa de mapeamento

A Prefeitura de Belo Horizonte está realizando uma pesquisa para mapear a demanda do transporte coletivo noturno na capital. Segundo informações da PBH , o objetivo é “melhorar a prestação deste serviço e apoiar quem trabalha e empreende neste período”. A iniciativa é das Secretarias Municipais de Mobilidade Urbana e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Relações Internacionais, e da Superintendência de Mobilidade do Município.

A pesquisa busca compreender como se dá a mobilidade noturna de quem depende do transporte público, mapeando horários de maior demanda, rotas mais utilizadas e padrões de deslocamento. Com base nos dados obtidos, pretende-se propor ajustes em horários e itinerários, reduzir tempo de espera e custos, ampliar a cobertura do serviço e garantir mais segurança e confiabilidade para quem estuda ou trabalha à noite.

Ainda de acordo com a prefeitura, atualmente, cerca de 0,3% dos passageiros registrados durante todo o dia utilizam o transporte coletivo municipal na madrugada. São ofertadas 517 viagens nos dias úteis, 554 aos sábados e 554 aos domingos, com atendimento em todas as regiões de Belo Horizonte. Comerciantes e trabalhadores que desejarem participar da pesquisa podem acessar aqui.

Convidados

Para participar do debate na quinta-feira, foram convidados representantes das Secretarias Municipais de Governo e de Mobilidade Urbana. Presidentes de conselhos, associações e sindicatos de lojistas e transportes também devem estar presentes, assim como donos de restaurantes e bares de BH. O urbanista e professor da Escola de Arquitetura da UFMG Roberto Andrés também está na lista de convidados.

Superintendência de Comunicação Institucional