MULHERES

Comissão questiona carros de ronda contra violência doméstica supostamente parados

Viaturas da Guarda Municipal de patrulhamento preventivo estariam estacionadas sem uso em pátio da inspetoria 

 

quinta-feira, 15 Maio, 2025 - 11:15
Viatura da Guarda Civil

Foto: Eric Bezerra/MPMG - Reprodução PBH

Imagens de viaturas de patrulhamento preventivo da violência doméstica e intolerância religiosa da Guarda Civil Municipal (GCM) de BH aparentemente sem utilização, paradas no pátio da Inspetoria Regional Noroeste, motivaram pedido de informação à Prefeitura de Belo Horizonte aprovado pela Comissão de Mulheres nesta quinta-feira (15/5). O requerimento é assinado por Juhlia Santos (Psol) e pergunta sobre o funcionamento da patrulha. Na mesma reunião, as vereadoras ainda aprovaram pedido de informação de autoria de Pablo Almeida (PL) sobre campanhas da PBH em vigor para o enfrentamento da violência contra a mulher. Também agendaram, para o dia 29 de maio, às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes, reunião com convidadas de entidades civis e da administração pública que atuam no combate à violência de gênero. 

Patrulhamento preventivo

Além de pedir a justificativa da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção para que os veículos de patrulhamento estejam parados no pátio, o pedido de informação de Juhlia Santos questiona qual é o número de viaturas voltadas à prevenção da violência doméstica e intolerância religiosa que a cidade possui. Ela pergunta também como tem funcionado o patrulhamento preventivo da Guarda Municipal. O órgão tem 30 dias para dar resposta à Comissão de Mulheres.

“Tal pedido de informações se justifica tendo em vista a importância do serviço de prevenção aos crimes de intolerância e violência de gênero, que tem como principais vítimas as mulheres, e que a Guarda Civil Municipal tem papel fundamental neste combate”, afirma Juhlia Santos.

Ações de combate à violência

Outro pedido de informação ao Executivo, assinado por Pablo Almeida, quer saber quais são as campanhas em vigor, promovidas ou apoiadas pela prefeitura, que abordam a violência contra as mulheres. O vereador pede cronogramas, informações sobre campanhas permanentes, canais utilizados, valores investidos e dados sobre a efetividade das ações. 

Ele pergunta, ainda, se o tema está presente nas escolas da rede municipal de ensino, com projetos e atividades de conscientização para os alunos, programas de capacitação para que os professores saibam lidar com a temática e uso de material didático específico sobre violência de gênero, igualdade e cidadania.

Inovações no enfrentamento

Dando continuidade à série de reuniões com o objetivo de debater inovações e novas tecnologias no enfrentamento à violência contra as mulheres, o colegiado agendou, para o dia 29 de maio (quinta-feira), às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes, reunião com três entidades que, de acordo com Luiza Dulci (PT), autora do requerimento, têm desenvolvido trabalhos interessantes na área. 

As convidadas são a fundadora e coordenadora do Clã das Lobas, Maria de Fátima Muniz do Nascimento; a coordenadora do Centro de Saúde Carlos Chagas, Anna Carolina Cardinali França; e a coordenadora do Grupamento de Proteção à Mulher Guardiã Maria da Penha da GCM, Aline de Oliveira. Na reunião, serão apresentadas ações realizadas pelas organizações, dados sobre casos de violência e formas de atendimento às vítimas.

Para Luiza Dulci, a violência de gênero é um fenômeno estrutural que assola a vida das mulheres brasileiras e “faz com que o nosso país não atinja o grau civilizatório almejado, certamente, pela maior parte de sua população”, conforme afirma no documento em que solicita a reunião. 

Pessoas interessadas no tema poderão assistir ao encontro de forma presencial ou ao vivo pelo portal da CMBH ou canal da Câmara no Youtube.

Superintendência de Comunicação Institucional

11ª Reunião Ordinária - Comissão de Mulheres