Comissão deve ir a mais seis áreas com problemas causados pelas chuvas em BH
Em reunião nesta quinta (22/5), foram definidos pontos de encontro e convidados de novas visitas técnicas

Foto: Dara Ribeiro/CMBH
As Vilas do Índio e Suzana, as Avenidas Sebastião de Brito e Prudente de Morais, o Ribeirão Arrudas e o Morro do Papagaio devem receber em breve visitas técnicas da Comissão Especial de Estudo sobre Águas Pluviais e Prevenção de Riscos. A pedido do vereador Uner Augusto (PL), o colegiado vai verificar in loco as consequências decorrentes de enchentes, alagamentos e chuvas fortes. Em reunião da realizada nesta quinta-feira (22/5), parlamentares reiteraram a importância de que todos os convidados estejam presentes no momento das visitas. O presidente da comissão, Helinho da Farmácia (PSD), comentou também sobre a última visita que fez ao Barreiro para verificar as condições das três principais barragens da regional. Segundo ele, os resultados estarão descritos no relatório final que será produzido pelo colegiado e enviado à Prefeitura de Belo Horizonte. Confira o resultado completo da reunião.
Venda Nova
Na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, segundo requerimento de Uner Augusto, a Vila do Índio tem enfrentado episódios de alagamentos severos, riscos geológicos e prejuízos materiais, principalmente durante a temporada de chuvas fortes. Essa situação é agravada pela falta de infraestrutura adequada e demora na efetivação de intervenções públicas.
“A visita pretende levantar dados concretos sobre a realidade local, fiscalizar o estágio das obras anunciadas e ouvir diretamente os moradores sobre os principais desafios enfrentados”, justifica Uner.
Pampulha
Na Região da Pampulha, a comissão deve verificar o andamento de obras na Avenida Sebastião de Brito e na Praça das Águas, após relatos de atrasos pelos moradores. O objetivo é avaliar o estágio da intervenção, ouvir os moradores e cobrar dos órgãos responsáveis o cumprimento do cronograma e a efetividade das medidas adotadas.
Segundo a prefeitura, a Praça das Águas faz parte do conjunto de obras que tem o objetivo de otimizar o sistema de macrodrenagem do Ribeirão Pampulha. O objetivo da estrutura é captar e amortecer as águas vindas do Ribeirão Pampulha e do Córrego Cachoeirinha e direcioná-las para o Ribeirão do Onça, de modo a reduzir alagamentos na Avenida Cristiano Machado, próximo à Estação São Gabriel. Ainda de acordo com a PBH, a previsão de conclusão da estrutura é para o 2º semestre deste ano.
Centro-Sul
Outra área com relatos de transtornos causados pela chuva e que deve ser avaliada é a Avenida Prudente de Morais. A via sofre principalmente com o transbordamento do Córrego Leitão, que corre canalizado logo abaixo. Obras anteriores não conseguiram solucionar o problema, o que, segundo Uner Augusto, “evidencia a necessidade de medidas estruturais mais eficazes e integradas com o planejamento urbano”.
Ainda na Regional Centro-Sul, o Morro do Papagaio também está na agenda da comissão. O objetivo é avaliar os riscos geológicos presentes na área, o suporte prestado pelos órgãos públicos e as medidas de contenção e prevenção a serem adotadas. Conforme esclarece o requerimento, o Morro do Papagaio é uma comunidade vulnerável, situada em encosta, onde episódios de chuvas intensas causam danos materiais e colocam em risco a segurança dos moradores. O documento completa que a visita é necessária principalmente após ocorrências recentes de queda de árvores, desabamento de moradias e alerta da Defesa Civil para risco moderado de deslizamentos.
Oeste
Na Regional Oeste, a visita terá como finalidade verificar a situação da infraestrutura de drenagem existente e o andamento de obras de contenção e prevenção de alagamentos no trecho que margeia o Ribeirão Arrudas. O transbordamento do ribeirão em questão já provocou alagamentos violentos, como os registrados em 2010, 2011, 2019 e 2020, quando diversos veículos foram arrastados e imóveis comerciais e residenciais severamente danificados. Mesmo com canalizações e investimentos anteriores, a região continua sendo afetada, demonstrando insuficiência estrutural das intervenções realizadas, como argumenta Uner. Ele completa dizendo que existem também críticas sobre a eficácia do modelo adotado, inclusive por especialistas da UFMG e do Ministério Público, que apontam a necessidade de abordagens mais sustentáveis e integradas.
Convidados
Wagner Ferreira (PV) reforçou, ao final do encontro, a importância de que representantes do Executivo compareçam a todas as visitas.
“Que a prefeitura se organize para que os representantes estejam lá, porque nosso objetivo é comum, resolvermos esses problemas”, pediu Wagner.
Uner Augusto corroborou a fala do colega, acrescentando que a solução passa pelos entes do governo municipal, dependendo do diagnóstico produzido em conjunto. “Se eles não vão, nós ficamos quase de mãos atadas”, argumentou o vereador.
Para as visitas mencionadas, foram convidados a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU); a Diretoria de Gestão de Águas Urbanas; a Subsecretaria de Zeladoria Urbana; a Secretaria Municipal de Governo; e administradores das regionais correspondentes.
Superintendência de Comunicação Institucional