Mudança do modelo de gestão do Hospital Alberto Cavalcanti em pauta

A mudança do modelo de gestão do Hospital Alberto Cavalcanti, proposta pelo governo estadual em projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), tem preocupado trabalhadores, sindicatos, conselhos de saúde e Ministério Público. A unidade, administrada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e com atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), passaria a ser gerenciada por uma entidade de direito privado. Segundo o governo, a mudança vai conferir agilidade e eficiência à administração da unidade; para os críticos, é mais uma tentativa de privatizar serviços púbicos. O assunto será debatido em audiência da Comissão de Administração Pública na quarta-feira (24/4), às 13h30, no Plenário Camil Caram. Solicitada por Bruno Pedralva (PT), a reunião será transmitida ao vivo pelo canal da CMBH no YouTube e os interessados podem encaminhar dúvidas, comentários e sugestões por meio de formulário.

‘Privatização do SUS’

O governo do Estado de Minas Gerais protocolou no último dia 12 de março, na ALMG, o Projeto de Lei 2127/2024, que cria o Serviço Social Autônomo de Gestão Hospitalar (SSA-GEHOSP) para gerenciar o Hospital Alberto Cavalcanti (HAC). A unidade hospitalar integra protocolos junto à Secretaria Municipal de Saúde de BH. 

Representantes dos trabalhadores e dos usuários criticam o modelo e temem a privatização da unidade. Segundo Bruno Pedralva, o encontro será importante para debater os rumos da instituição, já que existe uma predominância de atendimentos de pessoas da região metropolitana e do interior, mas o hospital também é referência no tratamento oncológico para pacientes de BH. “A audiência pública tem o objetivo de debater os impactos da gestão privada em hospitais do SUS, tanto para trabalhadores quanto para usuários. Além disso, eventuais mudanças na gestão do hospital podem afetar o atendimento em toda a rede SUS”, explicou.

Convidados

Foram convidados para a audiência representantes da Secretaria Municipal de Saúde; do Conselho Municipal de Saúde; do Conselho Estadual de Saúde; do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de MG; da Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de MG; da Secretaria Estadual de Saúde MG; do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG); do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado (Sinfarmig); da Fundação Hospitalar do Estado e da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, dentre outros.

Superintendência de Comunicação Institucional