Apoio psicoterápico a alunos e professores no retorno às aulas presenciais em pauta
Texto que trata da divulgação do serviço de retirada de animais mortos em vias públicas também pode ser apreciado

Os vereadores de Belo Horizonte podem apreciar na reunião do Plenário desta sexta-feira (4/3), às 15h, dois projetos que tratam de temas caros à população da cidade: o apoio a estudantes e profissionais de educação no retorno às aulas durante a pandemia e o cuidado com animais mortos em vias públicas. Tramitando em 1º turno, o Projeto de Lei 177/2021, de autoria de Fernando Luiz (PSD), cria o programa de provimento de auxílio psicoterápico aos alunos e profissionais de educação da rede municipal de ensino de Belo Horizonte. O programa seria voltado ao cuidado no retorno às atividades presenciais nas unidades escolares, tendo como foco a atenuação de possíveis efeitos emocionais gerados pelo período de isolamento social decorrente da pandemia. Já o PL 102/2017, que tramita em 2º turno, assinado por Álvaro Damião (União), trata da divulgação de serviço de remoção de animais mortos em vias públicas de BH. Sobrestando a pauta desta sexta-feira, veto parcial do Executivo a trecho do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) para o quadriênio 2022-2025 e quatro vetos totais a proposições de iniciativa parlamentar: 83/2021 (que amplia prazo de recurso por infração ao Código de Posturas), 181/2021 (que nomeia rua no Bairro Dom Cabral), 197/2021 (que isenta empresas de ônibus do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN e da Taxa Custo de Gerenciamento Operacional - CGO) e 1691/2015 (que cria o Programa Ninhos de Leitura). Os vetos podem ser mantidos ou derrubados pelo Plenário.
Psicoterapia pós-isolamento
Tendo iniciado a tramitação em agosto do ano passado, o PL 177/2021 dispõe sobre a criação de programa de provimento de auxílio psicoterápico aos alunos e profissionais de educação da rede municipal quando do retorno às atividades presenciais nas unidades escolares, em função do período de isolamento social devido à pandemia da covid-19. De acordo com Fernando Luiz, a medida propõe o encaminhamento e acompanhamento em unidade de saúde municipal; e orientações e encaminhamentos necessários a pais, responsáveis e profissionais de educação.
Na justificativa ao texto, o autor destaca que o isolamento social aumentou a utilização das redes sociais e ampliou a ansiedade por parte da maior parte da população devido ao acesso a muitas informações ao mesmo tempo. “A grande quantidade de notícias pode desencadear ansiedade, devido a intensa divulgação de números de mortes e infectados pela doença. Consequentemente, dados de universidades brasileiras apontam que os atendimentos psicológicos aumentaram em 20% nesse período”, diz Fernando Luiz. O parlamentar explica que a proposta tem como intuito prover o apoio necessário nas escolas municipais, trabalhando a “prevenção e o combate a possíveis prejuízos emocionais”.
O texto, que recebeu emenda-substitutiva da Comissão de Legislação e Justiça, não teve parecer apreciado nas Comissões de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo; de Administração Pública; e Orçamento e Finanças Públicas antes de vir a Plenário. Na CLJ, o debate girou em torno da necessidade de apontamento de recursos no orçamento para execução do programa. Mesmo destacando que não há inconstitucionalidade na medida, Gabriel (sem partido) disse que a proposta não aponta os recursos e votou contra o parecer de Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB) que definiu pela constitucionalidade, legalidade e regimentalidade com apresentação de emenda. Para Fernanda Pereira Altoé (Novo), a medida apenas dispõe e não implementa o programa, não criando desta forma despesas ao Executivo. Para ser aprovada em 1º turno, a proposta precisa de 21 votos favoráveis. Caso tenha aval do Plenário, o projeto volta para análise da emenda nas comissões.
Animais abandonados
Divulgar o serviço de remoção de animais mortos em vias públicas de Belo Horizonte. Este é o objetivo do PL 102/2017, que está em pauta na reunião desta sexta. Tramitando em 2º turno, a proposição de Álvaro Damião (União) torna obrigatória a divulgação, no site da Prefeitura e em outros meios do Disque Limpeza, do serviço que pode ser acionado pelo telefone 156. Emenda apresentada ao texto original por Gabriel (sem partido) aprimora a redação do dispositivo que prevê a fixação de cartazes informativos nas regionais. O PL 102/2017 também precisa de 21 votos favoráveis para ser aprovado em votação definitiva; neste caso, a medida ainda vai depender de sanção do Executivo para se tornar lei.
Na justificativa ao texto, Damião explica que “o objetivo é divulgar o serviço de remoção de animais mortos, pois ao se depararem com eles nas vias os belo-horizontinos não sabem como proceder e às vezes acionam ONG’s, que estão sobrecarregadas com o resgate de animais vivos”. Damião explica ainda que o Disque Limpeza tem como atividades “coleta, varrição, capina, remoção de animais mortos, entulho e lotes vagos”. A ideia é tornar o serviço muito conhecido pelo cidadão, evitando que corpos decompostos de animais tragam risco para toda a sociedade. Pouco divulgado pela PBH, o serviço também informa sobre documentos encontrados pelos garis durante a limpeza de vias e logradouros públicos na capital mineira.
A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) recolhe qualquer tipo de animal de grande ou pequeno porte morto nas vias da cidade. A remoção de animais mortos pode ser solicitada pelo telefone 156 ou pela internet. Segundo a SLU, os animais recolhidos são vítimas, na maioria dos casos, de atropelamento e, em caso de animais que possuem alguma doença infecciosa, há riscos de ocorrer contaminação, tanto para a população quanto para outros animais que tiverem contato com o cadáver exposto na via, sem contar a poluição visual e o mau cheiro. Dados de 2018 mostram 652 animais recolhidos pela SLU, sendo 523 cães, 52 cavalos e 60 gatos.
Animais de pequeno porte como cães, gatos, coelhos e aves que morrem em residências também podem ser disponibilizados para a coleta domiciliar, caso o proprietário queira. O animal deverá ser devidamente acondicionado em caixas de papelão, sacos plásticos ou outro material semelhante, e disposto no passeio da residência no dia e horário da coleta domiciliar.
Superintendência de Comunicação Institucional