COMPLIANCE

CMBH recebe última reunião do ano da Rede de Ouvidorias Públicas do Estado

Ouvidor da Casa, Braulio Lara apresentou números do Programa Ouvidoria na Rua. Palestrante destacou importância da cultura de integridade

quinta-feira, 18 Dezembro, 2025 - 11:15
Mesa do Plenário Amintas de Barros coma  presença do vereador Braulio Lara e outros participantes. No telão, está o escrito "Palestra Integridade e Confiança no Setor Público, palestrante Daniel Lança".

Foto: Claudio Rabelo/CMBH

A Câmara Municipal de BH (CMBH) recebeu, na manhã desta quarta-feira (17/12), a última reunião de 2025 da Rede Mineira de Ouvidorias Públicas (Ouvir-MG). O encontro foi organizado pela Ouvidoria da CMBH e a Seção de Capacitação da Escola do Legislativo, em parceria com a Rede. O encontro, que reuniu representantes de ouvidorias de prefeituras e órgãos públicos para troca de experiências, debateu também o papel estratégico da escuta cidadã e da integridade nas instituições públicas. O ouvidor da CMBH, vereador Braulio Lara (Novo), apresentou um balanço das ações do setor, que de julho a dezembro deste ano realizou 60 atendimentos em 35 bairros de BH, por meio do Programa Ouvidoria na Rua. O professor Daniel Lança, especialista em gestão de riscos, debateu o tema da corrupção a partir da percepção social, e defendeu a construção de uma cultura de integridade e confiança, juntamente com ações de prevenção e detecção, já realizadas pelas organizações públicas no campo da compliance.

Ouvidoria da CMBH: espaço qualificado de escuta

A mesa de abertura do evento contou com a participação da ouvidora da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e secretária executiva da Rede Ouvir, Gláucia Fernandino; do ouvidor-geral do Município, Gustavo Nassif, e do ouvidor da CMBH, Braulio Lara. Em suas falas iniciais, os participantes destacaram a importância do trabalho em rede para o fortalecimento das ouvidorias em Minas Gerais. Gustavo Nassif ressaltou o papel da Ouvidoria da CMBH como "espaço qualificado de escuta", e destacou que, historicamente, o Poder Legislativo enfrenta desafios na estruturação de ouvidorias, o que, segundo ele, não tem sido o caso da Câmara de Belo Horizonte.

“Somos a soma das ouvidorias de Minas Gerais e podemos fazer da rede uma potência ainda maior”, afirmou o ouvidor-geral do Município.

Espaço para orientação e encaminhamento

Braulio Lara relembrou sua trajetória à frente do órgão desde o biênio 2023/2024 e a aproximação com a Rede Ouvir-MG logo no início da gestão. Reconduzido para o biênio 2025/2026, ele destacou que o principal objetivo da atuação é aproximar a ouvidoria do cidadão.

“Trabalhamos para que a população perceba que a ouvidoria não é uma 'salinha escondida', mas um serviço aberto, acessível, e que pode ser também uma ponte para os vereadores”, afirmou.

Entre as iniciativas apresentadas, Braulio destacou o programa Ouvidoria na Rua, que leva atendimento itinerante às regionais da capital. Em 2025, no segundo semestre, a ação realizou 60 atendimentos em 35 bairros. As demandas da ouvidoria também são registradas por telefone ou pela internet e, depois de acolhidas, são encaminhadas aos órgãos competentes. Segundo o ouvidor da Câmara, muitas manifestações dizem respeito a serviços do Poder Executivo ou órgãos públicos, como a Copasa e a Cemig, o que reforça o papel da ouvidoria como espaço de orientação e encaminhamento ao cidadão.

Valorização de comportamentos positivos 

Na segunda parte do evento, Daniel Lança apresentou a palestra “Integridade e Confiança no Setor Público”. O professor abordou o tema da corrupção a partir da percepção social, e destacou a importância de tratar o assunto de forma aberta e contínua. De acordo com Lanza, falar sobre corrupção é fundamental para enfrentá-la, especialmente por meio de ações de prevenção, detecção e fortalecimento da integridade institucional.

O especialista ressaltou o papel estratégico das ouvidorias nesse contexto, sobretudo pela garantia de sigilo e confiança ao cidadão. Ele alertou, entretanto, que o enfrentamento à corrupção não passa somente pelo aumento da burocracia, mas pela construção de uma cultura de integridade e confiança, que seja apoiada pela alta administração das organizações públicas. “O padrão é a honestidade. Conhecemos muito mais pessoas honestas do que corruptas”, afirmou, ao defender a valorização e a divulgação de comportamentos positivos no serviço público como forma de embasar essa construção.

Banco de boas práticas

Antes de encerrar o encontro, representantes de diversas ouvidorias públicas - dentre elas dos municípios de Itabira, Divinópolis, Belo Horizonte, e de órgãos como Cemig, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Copasa e Ministério Público de Contas - puderam trazer seus relatos de experiências e desafios. A criação de um banco de boas práticas para compartilhamento na rede foi sugerida como forma de fortalecer as instituições. As reuniões da Rede Ouvir ocorrem a cada dois ou três meses. 

Superintendência de Comunicação Institucional

Reunião técnica da Rede Mineira de Ouvidorias Públicas (rede Ouvir-MG)

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