FRENTE METROPOLITANA

Vereadores da RMBH elegem coordenadores das microrregiões

Vereadores da RMBH elegem coordenadores das microrregiõesNa 6ª Reunião da Frente dos Vereadores Metropolitanos (FREVEM), realizada esta segunda-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o secretário de Estado de Gestão Metropolitana Alexandre Silveira apresentou aos parlamentares as diretrizes do Estado para a região.

Vereadores da RMBH elegem coordenadores das microrregiõesNa 6ª Reunião da Frente dos Vereadores Metropolitanos (FREVEM), realizada esta segunda-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o secretário de Estado de Gestão Metropolitana Alexandre Silveira apresentou aos parlamentares as diretrizes do Estado para a região. Os 42 vereadores presentes,de 21 cidades da RMBH,cobraram a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) e elegeram os coordenadores das microrregiões. O presidente da CMBH, Léo Burguês (PSDB), permanece como coordenador da Frente.

De acordo com Léo Burguês, a maioria das questões da capital envolvem outros municípios da região metropolitana. “Não se pode falar na questão viária, ou outras do Vetor Sul da cidade, sem se falar dos condomínios que vêm sendo construídos em Nova Lima. Não se pode falar dos problemas dos hospitais de BH sem se falar na demanda de Ribeirão das Neves. Não se pode falar em transporte sem falar nas pessoas que vêm trabalhar ou estudar em Contagem, Sabará ou Ibirité”, exemplificou.

O secretário Alexandre Silveira garantiu que em breve os pré-estudos do PDDI estarão concluídos, colocando-se à disposição para discutir as questões. “O Estado tem que participar de forma ativa da discussão sobre a regulação urbana, para evitar o avanço das ocupações irregulares, do desmembramento e parcelamento inadequado do uso do solo, sob uma fiscalização muitas vezes sem rigor”, destacou. Entre os setores com problemas a serem enfrentados, o secretário citou ainda transporte coletivo e mobilidade urbana, destinação de resíduos, habitação, saúde e segurança.

Para o diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana - Agência RMBH, Camilo Fraga, a atenção à questão metropolitana tem crescido a cada dia com a criação da Secretaria do Estado de Gestão Metropolitana, à qual é vinculada. “É fundamental o diálogo com cada uma das cidades e com o Legislativo Municipal”, completou o chefe da autarquia, criada em 2009.

Questões e desafios

Os representantes dos Legislativos da região metropolitana citaram os principais desafios enfrentados em suas cidades. O presidente da Câmara Municipal de Lagoa Santa, Joaquim Rufino de Carvalho, contou que o crescimento da região tem trazido preocupações, já que a cidade é corredor de acesso para outros locais. “Muitas pessoas passam por lá para ir à Serra do Cipó, por exemplo, gerando um tráfego intenso nas ruas, causando congestionamentos e acidentes”, relatou. Segundo ele, a cidade está sem estrutura e espera contar com o apoio do Governo do Estado para a solução do problema.

Já o vereador da vizinha Confins, Luiz Rosa, ressaltou a falta de um planejamento a longo prazo para o município e questões como especulação imobiliária, violência urbana, desemprego e falta de saneamento básico. A vereadora Adriana Lara, de Vespasiano, falou sobre uso e ocupação do solo e mobilidade urbana. “Nós estamos no Vetor Norte, com previsão de desenvolvimento, mas não foi feita a revisão do Plano Diretor. Há também uma proposta de verticalização da cidade, mas não houve participação da sociedade nem foi discutido o Estatuto da Cidade”, salientou.

O presidente da Câmara de Contagem, Irineu Inácio da Silva, mencionou problemas nas áreas de saúde, transporte coletivo e meio ambiente. “Possuímos uma reserva ambiental em Várzea da Flores e hoje não temos nenhuma compensação. Precisamos fazer uma parceria com o Estado e com a Copasa”, avaliou. Ele mencionou ainda a falta de rede de esgoto em vários bairros da cidade, que tem 600 mil habitantes, além da expansão das moradias e o crescimento desordenado da região.

Já o chefe do Legislativo de Santa Luzia, Paulo Sérgio de Souza, o "Paulinho do Sião", disse que é preciso buscar soluções para a questão dos resíduos sólidos, da saúde e do transporte. “Tem-se estudado como alternativa o BRT (Bus Rapid Transit), mas a solução mais efetiva é o metrô, que passa pelos governos estadual e federal”, acrescentou.

Também estiveram presentes representantes das cidades de Baldim, Brumadinho, Caeté, Esmeraldas, Florestal, Funilândia, Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Rio Acima, Raposos, Sabará, Sarzedo, São José da Lapa.

Assista a reportagem da TV Câmara sobre o evento

Microrregiões

Para coordenar atividades da FREVEM em cada microrregião da RMBH, foram escolhidos os seguintes titulares, com os respectivos suplentes:

1- Belo Horizonte: vereadores Léo Burguês e Bruno Miranda.

2- Contagem, Betim, Ibirité, Mário Campos, São Joaquim de Bicas e Sarzedo: vereadores Alessandro Henrique Ferreira e José Roberto Diniz, de Contagem; Carlos Roberto de Carvalho (Beto do Depósito) e Nehemias Gaspar de Araújo, de Betim.
 
3- Esmeraldas, Florestal, Juatuba, Mateus Leme, Pará de Minas e São José da Varginha: vereadores Glacialdo de Souza Ferreira, de Esmeraldas, e Marcelo de Melo Machado, de Florestal.

4- Pedro Leopoldo, Baldim, Capim Branco, Fortuna de Minas, Funilândia, Ihaúma, Jaboticabubas, Matozinhos, Prudente de Morais e Sete Lagoas: vereadores Reginaldo Alves Saraiva, de Pedro Leopoldo, e Alexandre Leão Ribeiro, de Baldim, e Cláudio Martins Souza, de Funilândia, suplente.

5- Confins, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano: vereadores Luiz Rosa, de Confins, e Paulinho do Sião, de Santa Luzia.

6- Itatiaiuçu, Belo Vale, Bonfim, Brumadinho, Itaguara, Itaúna, Moeda e Rio Manso: Lilian Paraguai, de Brumadinho,com Leandro Queiroz e William Queiroz, de Itatiaiuçu, como suplentes.

7- Caeté, Sabará, Barão de Cocais, Itabirito, Nova Lima, Nova União, Raposos, Rio Acima, Santa Bárbara e Taquaraçu de Minas: vereadores Jadson de Bonsucesso Rodrigues, de Caeté, e Ricardo Antunes, de Sabará.