Professores das escolas participantes em 2013 conhecem detalhes do projeto
Escola do Legislativo apresentou o funcionamento das eleições nas escolas

Professores recebem informações sobre Câmara Mirim
Nesta terça-feira (5/2), a Escola do Legislativo da Câmara de BH recebeu professores representantes das dez escolas que irão participar do projeto Câmara Mirim em 2013. O processo de escolha dos vereadores mirins nas escolas começa no próximo dia 6, com a divulgação do projeto entre os alunos.
“Essa reunião é para os professores tomarem conhecimento do projeto, discutirem detalhes e receberem orientação em relação ao processo eleitoral do vereadores mirins”, explicou o coordenador do Câmara Mirim na CMBH, Sulavan Fornazier.
Prestes a dar início à sua sexta edição, o projeto Câmara Mirim é fruto de uma parceria entre a CMBH, por meio da Escola do Legislativo, a Secretaria Municipal de Educação e a Escola Judiciária do TRE-MG e tem o objetivo de proporcionar a estudantes de escolas municipais a oportunidade de exercer a cidadania e a democracia, com a vivência da representação política e a discussão de questões de interesse coletivo.
Desde 2008, a cada ano 41 vereadores-mirins são eleitos em dez escolas municipais da capital. Todos os alunos do 3º ciclo podem votar, em um processo democrático que reproduz fielmente uma eleição oficial, com direito a campanha eleitoral, cadastramento de eleitores, urna eletrônica com fotos dos candidatos, orientação de professores-mesários treinados e voto secreto.
Os vereadores mirins eleitos se reúnem em sessões mensais na Câmara Municipal, onde aprendem sobre o processo legislativo, desenvolvem habilidades de oratória e trabalho em equipe, realizam audiências, discutem temas importantes para suas escolas, comunidades e a cidade como um todo e formulam propostas para a solução dos problemas levantados.
Para as próximas edições, o projeto pretende ampliar ao máximo a participação dos estudantes: “O objetivo do Câmara Mirim não é ficar restrito a 41 alunos. Queremos atingir todo o contingente escolar, que neste ano é de 6 a 8 mil alunos”, afirmou Fornazier. Os professores presentes afirmaram a intenção de envolver toda a comunidade escolar nas atividades.
Acolhimento de propostas
Além da formação política dos alunos da rede pública, o projeto pode ter reflexos em toda a sociedade, já que as propostas aprovadas na plenária final da Câmara Mirim, ao fim de cada edição, são encaminhadas à Comissão de Participação Popular (CPP), que analisa sua viabilidade e mérito. As propostas acolhidas pela CPP podem vir a tramitar na Casa na forma de projetos de lei, emendas, indicações ou representações - solicitações de ações ou medidas aos governos municipal e estadual, respectivamente.
A professora Eliane Vieira, da Escola Municipal Francisca Alves, falou sobre a participação da instituição, que está no projeto pela segunda vez, e a expectativa em relação a esta edição: “O trabalho foi bem desenvolvido, o envolvimento dos alunos foi muito bom e uma sugestão de projeto de lei de nossa escola foi aceita pela Câmara. Agora, com mais experiência, a gente espera alcançar mais alunos e envolver mais a comunidade”.
Já a Escola Municipal Francisco Campos vai participar pela primeira vez do projeto. A professora da instituição Maria Leila Celestino de Carvalho achou a ideia “muito boa”. Para ela, “está mesmo precisando mudar esse conceito de votar da população. Falta consciência política. E o melhor lugar para se trabalhar isso é na escola”.
Superintendência de Comunicação Institucional