Dia mundial propõe alternativas para mobilidade sustentável

Em BH e no mundo todo, 22 de setembro é o Dia Mundial Sem Carro. O desafio é pensar maneiras de se locomover sem agredir o meio ambiente ou prejudicar o trânsito. A idéia é que as pessoas deixem carros e motos em casa e utilizem o transporte público ou a bicicleta. Na Câmara Municipal, iniciativas parlamentares também incentivam alternativas para a mobilidade urbana.
A data simbólica surgiu na França, em 1997, e começou a ser difundida no Brasil no início desta década. Como parte das ações de comemoração na capital mineira, realizou-se uma pedalada-manifesto ao longo da Avenida do Contorno. A BHTrans abordou motoristas com panfletos educativos sobre o problema do uso excessivo de automóveis e a necessidade de um trânsito mais civilizado.
No dia 21 de setembro, foi realizado o Desafio Intermodal, um teste comparativo entre diversos meios de transporte. Distribuídos em bicicletas, automóveis, motos, ônibus, metrô e grupos a pé, os participantes percorreram 12 km, do Coração Eucarístico até a Praça da Liberdade.
De acordo com o diretor-presidente do Ruaviva Instituto de Mobilização Sustentável, João Luiz da Silva Dias, a data tem como objetivo chamar a atenção da população para o modelo de mobilidade vigente em nossa sociedade, onde há uma presença marcante dos automóveis.
“Sabemos que sem controle e uso racional os veículos provocam vários problemas, como milhares de vítimas de acidentes de trânsito, o aumento da poluição atmosférica, a destruição de prédios antigos para construção de novas vias e a valorização de uma cultura individualista”, comentou.
O vereador Leonardo Mattos (PV), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, acredita que para que as pessoas sejam convencidas a deixar os carros em casa seria preciso um transporte público de qualidade e isso exige um comprometimento do governo com a sustentabilidade. “As pessoas não vão deixar de andar de carro para pegar um ônibus lotado, por exemplo. É preciso oferecer uma opção de qualidade para os usuários”, argumentou Mattos.
Incentivo à bicicleta
Com o crescimento contínuo do número de carros nas grandes cidades, ganha força a necessidade de adotar meios de transporte alternativos, como a bicicleta. Dois projetos de lei em tramitação na Câmara Municipal sugerem medidas para incentivar o uso de bicicletas.
Um deles prevê a implantação de um sistema de ciclovias, com rede viária própria, formada por ciclofaixas, faixas compartilhadas, sinalização adequada e locais destinados ao estacionamento das bicicletas. O PL 590/09 já foi aprovado em 1º turno e aguarda nova apreciação do Plenário em 2º turno.
Já o PL 817/09, do vereador João Oscar (PRP), prevê a criação de estacionamentos públicos gratuitos para bicicletas (bicicletários) em locais de grande fluxo de pessoas.
“O incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte alternativo, não poluente e saudável, e a expansão das ciclovias em nosso Município apontam para a necessidade de adequação dos espaços públicos a essa realidade”, avalia o parlamentar.
Novas ciclovias
Atualmente, a cidade tem 22 km de ciclovias. Novas ciclovias, cerca de mais 30 km, serão construídas em Belo Horizonte e o edital de contratação da empresa responsável deve ser divulgado hoje pela BHTrans.
A maior parte dos trechos está implantada no entorno da Lagoa da Pampulha, na av. Otacílio Negrão de Lima, entre a Igreja São Francisco de Assis e o Museu de Artes da Pampulha. Os demais estão localizados na av. Tereza Cristina, próximo à Via Leste/Oeste até o final da própria avenida; Andradas, com início na Silviano Brandão até à avenida do Contorno; e avenidas 12 de Outubro e Vilarinho, em Venda Nova.
Assista a reportagem sobre poluição gerada por automóveis
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