Moradores questionam construção de albergue na região

A instalação do albergue público na rua Comendador Noemi Salomão, esquina com avenida Antônio Carlos, região da Lagoinha, foi o tema de uma audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, na quinta-feira, 13 de dezembro. A reunião foi solicitada pelo vereador Carlúcio Gonçalves (PR).

De acordo com o presidente da Associação dos amigos da rua Itapecerica e Região (Amitre), Pedro César Pessoa, a construção do albergue não está prevista no projeto de revitalização da rua, que busca a requalificação do comércio. “Os freqüentadores dos albergues, na maioria, são moradores de rua. Isso irá prejudicar a segurança da região, onde funcionam faculdades, escolas e estabelecimentos comerciais”, alertou.

Segundo o secretário de administração regional Noroeste e ex-presidente da Câmara Municipal, Sérgio Coutinho, o albergue seria construído próximo ao hospital Socor, na avenida do Contorno, mas já existe outra construção no local. “A Prefeitura está ciente que a região da Lagoinha não é o lugar mais adequado, mesmo assim a licitação prossegue”, lembrou. O secretário disse, ainda, que há uma proposta para a transferência do albergue para o antigo Abrigo Belo Horizonte, no bairro Floresta, com o apoio do governo Estadual.

“O albergue é um local de alívio para o sofrimento daqueles que moram nas ruas da cidade. Todos sabem da importância dele, mas ninguém quer tê-lo próximo de sua casa”, ressaltou Sérgio Coutinho. Carlúcio Gonçaves solicitou a Sérgio Coutinho que transmitisse ao prefeito Fernando Pimentel a sugestão de paralisar a licitação até o término da negociação com o governo do Estado.

Estiveram presentes na reunião os vereadores Geraldo Fêlix (PMDB); Elaine Matozinhos (PTB); o representante dos moradores de rua da capital, Walter Agostinho Silva; e o representante da Associação Brasileira da Indústria Gráfica de Minas Gerais (Abigraf-MG), Luciano Salustiano Pureza Filho.