AUDIÊNCIA PÚBLICA

Inclusão escolar de portadores de necessidades especiais

Inclusão de alunos com necessidades especiais A formação profissional dos professores para lidar com os alunos especiais e a preocupação dos pais para com seus filhos, recém-ingressos na rede municipal de ensino.
domingo, 28 Outubro, 2007 - 22:00
Inclusão de alunos com necessidades especiais A formação profissional dos professores para lidar com os alunos especiais e a preocupação dos pais para com seus filhos, recém-ingressos na rede municipal de ensino. Essa foi a tônica principal da audiência pública sobre inclusão escolar, promovida, dia 25 de outubro, pelas comissões permanentes de Saúde e Saneamento, Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

A reunião foi realizada no Plenário Paulo Portugal, atendendo ao requerimento do vereador Divino Pereira (PMN). O parlamentar disse que é preciso continuar com esses eventos para discutir melhor o assunto.

Funções múltiplas

Em 2005, as escolas municipais começaram a receber alunos portadores de necessidades especiais – deficientes visuais, físicos e mentais, além de surdos e mudos, que exigem disciplinas e professores com treinamento especial, como o braille e a linguagem dos sinais.

A coordenadora do Núcleo de Inclusão da Secretaria Municipal de Educação, Patrícia Cunha, informou que há atualmente, nas 219 escolas municipais, incluindo as unidades infantis, 1.636 alunos com essas deficiências, em um universo de 180 mil alunos.

A idéia surgiu a partir dos relatos de professores que, angustiados, lutam em busca de orientação, acompanhamento, capacitação e o exercício pleno da função.

O vereador Divino Pereira acrescentou, ainda, que a escola inclusiva dos dias de hoje leva o professor a exercer funções múltiplas: professor, médico, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta e assistente social. Casos vividos e a busca de soluções foram também mostrados, durante a audiência pública.

Outra preocupação dos setores envolvidos é com a nova organização da escola, após o ingresso desses alunos com necessidades especiais.

“É um trabalho de difícil articulação, tendo que considerar a forma específica de atingi-los, implicando linguagens diferenciadas, como o braille e a língua de sinais, e os instrumentos adequados para se locomoverem a fim de ampliar a visão, audição, carteiras próprias e arquitetura com rampas”, ressaltou a doutora em Educação pela Universidade de Campinas (SP), Gilberta de Martino Jannuzzi.

Informações no gabinete do vereador Divino Pereira (3555-1155/1156)