Comissão quer saber quando será feita construção da Estação São José do Move
Projeto para obra existe há dez anos e moradores reclamam de transtornos causados por falta de local para embarque e desembarque

Foto: Google Street View
A Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços aprovou, em reunião desta quinta-feira (31/7), um pedido de informações ao Executivo sobre a construção da Estação São José do BRT/Move, prevista para a Avenida Tancredo Neves, na altura do número 140, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Fernanda Pereira Altoé (Novo) é autora do requerimento e argumenta que recebeu em seu gabinete moradores da região que reclamaram da falta de um espaço apropriado para o embarque e desembarque de passageiros no local. A parlamentar questiona os órgãos responsáveis a respeito da existência de um projeto desenvolvido para a construção da estação, se há previsão para efetivação da obra e tempo estimado, dentre outras perguntas. A Prefeitura de Belo Horizonte e as pastas provocadas têm até 30 dias para se manifestarem sobre os questionamentos. Confira resultado completo da reunião.
Plano nunca saiu do papel
De acordo com requerimento, o terreno destinado à obra da Estação São José está abandonado desde 2015, quando o projeto para a construção do terminal chegou a ser desenvolvido, mas, por falta de recursos, as intervenções não foram iniciadas. Desde então, a área segue sem estrutura adequada, e os usuários do transporte coletivo utilizam abrigos provisórios instalados pela prefeitura em frente ao local. A região carece de sanitários, segurança, espaço para embarque e desembarque, além de área de espera para motoristas e passageiros. A ausência de infraestrutura tem gerado insegurança, especialmente à noite e durante a madrugada.
Segundo reportagem do portal G1, em 2019 o Município retomou os estudos para viabilizar a implantação da estação a um custo reduzido, com foco na melhoria da circulação de pedestres e passageiros. No entanto, o novo projeto ainda não foi elaborado. Atualmente, parte do local onde será o terminal passa por um processo de regularização fundiária, uma vez que a área é classificada como de Grandes Equipamentos de Uso Coletivo e abriga uma nascente, segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). O local está parcialmente cercado, e moradores improvisaram uma trilha no mato para atravessar a avenida Tancredo Neves.
“Cabe ressaltar que a população segue sem as novas linhas de ônibus que seriam criadas e que a estação seria muito importante para a região, uma vez que poderia atender linhas não só do município, mas também metropolitanas”, reitera Fernanda Pereira Altoé.
Esclarecimentos
No documento destinado ao prefeito Álvaro Damião (União), à BHTrans e à Secretaria Municipal de Política Urbana, a vereadora solicita informações detalhadas sobre o projeto da estação, incluindo o envio da versão desenvolvida, eventuais alterações realizadas, custos envolvidos e a situação atual da proposta. Também questiona os motivos que impedem a execução da obra, se há previsão para seu início, o valor estimado e o prazo para conclusão. Além disso, pede esclarecimentos sobre o processo de regularização fundiária do terreno destinado à construção do terminal.
Abandono antigo
Em 2019, reportagem do jornal Estado de Minas já apontava a situação de abandono no local. Moradores denunciavam a falta de segurança, iluminação precária, mato alto e descarte irregular de lixo. Na época, dados da PBH indicavam que a estação seria um ponto de integração para linhas de 14 bairros, com expectativa de atender cerca de 35 mil passageiros por dia útil. A proposta previa que os ônibus alimentadores levassem os passageiros até a estação, de onde partiriam as linhas troncais, utilizando faixas exclusivas com destino ao Centro e outras regiões da cidade.
Superintendência de Comunicação Institucional