Em pauta, dificuldade no descarte de materiais recolhidos pelas caçambas
Queixa é de falta de local para destinação do entulho de construção. BH tem três unidades de recebimento de grandes volumes

Falta de local apropriado para descarte de material, distância dos pontos de recebimento e carência de espaços para a separação do entulho do lixo orgânico. Estes são alguns dos pontos que devem ser debatidos na audiência pública que irá discutir a dificuldade dos caçambeiros de destinarem corretamente os materiais recolhidos através das caçambas em BH. Realizado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, o encontro, aberto à ampla participação, ocorre na segunda-feira (22/5), às 13h30, no Plenário Camil Caram. Solicitado por Rubão (PP), o debate será transmitido ao vivo pelo canal da CMBH no YouTube e os interessados podem enviar sugestões, comentários e/ou perguntas por meio de formulário já disponível.
Pequenos e grandes volumes
Material técnico produzido pela assessoria da Câmara Municipal indica que, no que diz respeito à destinação dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), BH conta hoje com 34 Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs), que recebem volumes de até 1m3 por descarga e três destinadas ao recebimento de grandes volumes. O município conta ainda com uma Área de Triagem e Transbordo (ATT), na Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Maquiné, em Santa Luzia, e duas Estações de Reciclagem de Entulhos (ERE), sendo uma localizada na Pampulha e outra na CTR do Bairro Jardim Filadélfia.
Segundo Rubão, seu gabinete foi procurado pelos donos de caminhões de transporte de caçambas, responsáveis pelo recolhimento e destinação de terra e entulho proveniente de obras e demolições, que se queixam dá falta de um lugar apropriado para descarte do material coletado em BH, o que os obriga a dirigir quilômetros até as cidades da região metropolitana para realizar o descarte. Segundo o parlamentar, eles relatam ainda "que pagam pelo descarte e têm que separar o material contaminado (lixo orgânico ou físico misturado no entulho) sem ter um local adequado para separação, uma vez que os bota-foras não aceitam material contaminado", gerando mais custos aos caçambeiros e consequente repasse aos munícipes.
Ainda de acordo com o material técnico produzido, BH conta com um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) que considera o potencial de geração de RCCV até o ano de 2040, e o previsto é que ocorram modificações não só na estrutura de recebimento dos resíduos, com o incremento de até 16 novas URPVs e intervenções que contemplem a fase do manejo dos RCCVs. Dentre estas ações estão a promoção da redução da geração de RCCV em obras públicas e empreendimentos privados; a regulamentação da Lei 10.522/2012; a elaboração e implementação de Plano de Gerenciamento de RCCV, além de implantação do sistema online de gerenciamento de RCCV e segregação dos resíduos manejados nas URPVs, de forma que, no longo prazo, 50% da massa de RCCV destinados a essas estruturas sejam potencialmente recicláveis e direcionados às ERE, e o restante seja encaminhado à Área de Triagem e Transbordo (ATT)/Aterro de Inertes.
Entre os convidados para o debate estão representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Subsecretaria de Regulação Urbana, da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas, Ferramentas e Serviços Afins do Estado de MG (Sindileq/MG), além de trabalhadores do setor de transporte de resíduos.
Superintendência de Comunicação Institucional