CANDIDATOS ELEITOS

Três vereadores foram eleitos para a Câmara dos Deputados e três para a ALMG

Vereadores podem permanecer no cargo até 31 de janeiro de 2023. Posse em Brasília e na Assembleia deve acontecer em 1º de fevereiro

segunda-feira, 3 Outubro, 2022 - 17:45

Foto_ Marcelo Camargo_Agência Brasil

O vereador Nikolas Ferreira (PL) e as vereadoras Duda Salabert (PTD) e Nely Aquino (Pode) devem deixar a Câmara Municipal de BH para assumir a partir de fevereiro de 2023 cadeiras na Câmara dos Deputados, em Brasília. O vereador e as vereadoras foram eleitos neste domingo (2/10) ao cargo de deputado federal. Também devem deixar a CMBH, desta vez rumo à Assembleia Legislativa do Estado, Bella Gonçalves (Psol), Macaé Evaristo (PT) e Bim da Ambulância (Avante). Para concorrer na eleição, os parlamentares não precisaram se desincompatibilizar e, mesmo eleitos para outros cargos, podem permanecer vereadores até 31 de janeiro de 2023, data que antecede a posse na ALMG e na Câmara dos Deputados.

Nikolas Ferreira

Nikolas Ferreira de Oliveira foi eleito com 1.492.047 votos, sendo o deputado com maior votação do país. Nascido em BH, em 1996, ele se descreve como cristão, conservador e defensor da família, além de coordenar o movimento Direita Minas, presente em várias cidades do estado. Formado em Direito pela PUC Minas, sempre defendeu posicionamentos contrários à esquerda, ao feminismo e à ideologia de gênero. Criado no Bairro Cabana do Pai Tomás, na Região Nordeste de BH, acredita que os estudantes das comunidades pobres são as maiores vítimas da doutrinação ideológica.

Duda Salabert

Natural de BH, nascida em 1981, Duda Salabert conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados com 208.332 votos, sendo a 3º colocada no Estado de Minas Gerais. Professora de literatura há mais de 20 anos,  idealizou e coordena em BH a Transvest, projeto educacional que oferece cursos gratuitos de pré-vestibular para transexuais e travestis. Ambientalista, a parlamentar defende a substituição do olhar antropocêntrico (que coloca o humano como centro do mundo) por uma ética biocêntrica, ecocêntrica (que não hierarquiza as vidas, mas sim as valoriza igualmente). Como vereadora, apresentou projetos em prol da preservação do meio ambiente, dos animais, da comundiade surda, dos povos índigenas, das mulheres e contra a discriminação por orientação sexual e gênero.

Nely Aquino

Com 66.866 votos, Neli Pereira de Aquino foi eleita deputada federal e ficou na 47º posição na votação em Minas. Nascida em São Sebastião do Maranhão (MG), em 1972, Nely já ocupou cargos públicos no governo do Estado de Minas Gerais, na Prefeitura de BH, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e na Câmara Municipal de BH, antes de eleger-se vereadora. Reeleita em 2020 para seu segundo mandato, na CMBH, Nely atua na defesa dos direitos das famílias e das mulheres, atuando também na busca pela melhoria da infraestrutura urbana, do transporte e do trânsito, da educação pública, bem como das políticas sociais. Tem intensa atuação no fomento ao terceiro setor. Foi a segunda mulher a presidir o Legislativo Municipal (2019/2020). Seu segundo mandato como presidente da CMBH se encerra em 1º de janeiro de 2023.

Bim da Ambulância

Natural de Belo Horizonte e nascido em 1982, Rubens Gonçalves de Brito, conhecido como Bim da Ambulância, conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa ao obter 57.217 votos, a 49º posição entre os eleitos. Morador e representante da Região de Venda Nova é administrador de empresas, piloto de helicóptero e formado em cursos de brigadista, primeiros socorros e bombeiro civil. É idealizador do Projeto Bim Resgate, que presta serviços de resgate em urgência e emergência pré-hospitalar. Bim também atua como coach motivacional, dando palestras e produzindo conteúdos para as redes sociais, estimulando características como autoestima e determinação.

Macaé Evaristo

Nascida em 1965, em São Gonçalo do Pará, Macaé Maria Evaristo dos Santos foi eleita deputada estadual, na 56º posição ao obter 50.416 votos. Professora da rede municipal de BH desde os 19 anos, é graduada em Serviço Social, mestre e doutoranda em Educação e foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária municipal (2005 a 2012) e estadual (2015 a 2018) de Educação. Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação e coordenou programas como a implantação de Escolas Indígenas, a Escola Integral em Minas Gerais, a Escola Integrada em BH e participou da instituição das cotas para ingresso de estudantes de escolas públicas, negros e indígenas no ensino superior.

Bella Gonçalves

Eleita para a Assembleia de Minas Gerais com 43.768 votos, na 63º posição, Isabella Gonçalves Miranda nasceu em Belo Horizonte em 1988. Cientista política e doutora pela UFMG e pela Universidade de Coimbra (Portugal), tem vasta trajetória nas lutas pelo direito à cidade e por uma reforma urbana popular e feminista. Sua experiência é marcada pelo trabalho junto aos movimentos sociais, às ocupações urbanas, vilas e favelas, atuando também pelos diversos segmentos de trabalhadores informais e a favor dos movimentos pela agroecologia e contra a mineração predatória. Mulher lésbica e jovem, na CMBH a vereadora atua para fortalecer a luta pela democracia e por maior participação e poder às mulheres, negras, indígenas e LGBTQIA+.

Posse e suplentes

Os parlamentares eleitos ao cargo de deputado poderão permanecer no mandato de vereador até 31 de janeiro de 2023, data-limite para renunciar e tomar posse na Câmara dos Deputados ou Assembleia, em 1º de fevereiro de 2023.

A convocação do suplente se dá nos termos do art. 19 do Regimento Interno, e a posse ocorre em até 30 dias decorrida a convocação, sendo permitido ao suplente requerer prorrogação desse prazo por uma única vez, pelo prazo máximo de 30 dias. O suplente de cada vereador é definido pelo resultado das eleições municipais de 2020, respeitada a correspondência e a ordem de colocação dentro do partido, e esse dado é de responsabilidade da Justiça eleitoral. É comum que parlamentares pleiteiem outros cargos durante o mandato, e a troca de vereadores não gera custos para a Casa.

Superintendência de Comunicação Institucional