Para comissão, Escola Frei José Leopoldo precisa de mais atenção da PBH
Com fila de espera maior que número de alunos matriculados, unidade educacional necessita de mais investimentos
Foto: Bernardo Dias/CMBH
Falta de elevador e de guarda-corpo, piso irregular, mato alto e até salas de aula transformadas em espaço para acolher pais que aguardam o fim do horário letivo. Esse foi o cenário encontrado pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo na Escola Municipal de Ensino Especial Frei Leopoldo, no Bairro Havaí, em visita técnica nesta terça-feira (6/9). Professora Marli (PP), autora do requerimento, reconheceu que, apesar dos esforços da direção, que assumiu há apenas oito meses, a unidade ainda precisa de muitos ajustes. A escola atende 114 alunos com deficiência divididos em seis turmas pela manhã e sete à tarde, e tem uma fila de espera de 122 PcDs aguardando vagas. Apesar de haver muito espaço livre para edificação, o número de salas disponíveis não permite ampliação de turmas.
Professora Marli chamou a atenção para a necessidade de aumentar a segurança dos alunos, incluindo instalação de gradis e de guarda corpo para proteger as valas de escoamento da água da chuva - que podem ocasionar quedas dos alunos. A parlamentar também se queixou do mato alto em torno do campo de futebol e de equipamentos sem condições de uso, ou quebrados, como carteiras, mesas, cones e até quadros negros com a moldura danificada que precisam ser retirados de circulação. Para ela, a PBH deve olhar com “mais atenção” para a unidade e garantir as reformas que ainda faltam. “Essa é a quarta vez que venho nesta escola. Muita coisa já melhorou, principalmente em relação à acessibilidade das pessoas, mas ainda falta muito. Vamos trabalhar para ajudar”, afirmou.
A parlamentar constatou que, apesar das reformas para melhorar a acessibilidade ao prédio, o piso ainda tem muitas ondulações e parte continua com rachaduras, o que dificulta o deslocamento de cadeirantes. Entre as indicações que a vereadora pretende fazer à Secretaria Municipal de Educação estão a construção de uma sala multiuso, de um depósito para guardar material pedagógico e a cobertura do espaço onde é realizada a oficina de meio ambiente. Ela também pretende sugerir a construção de uma sala para que os pais possam aguardar seus filhos com mais conforto, liberando assim mais duas salas que podem ser usadas para reduzir a fila de espera por vagas. “Com essa fila de espera desse tamanho, não é razoável ocupar salas de aula com material pedagógico nem transformá-las em salas de espera. E o atendimento na escola é maravilhoso, tanto que, quando os alunos completam 60 anos de idade, eles não querem parar de frequentar o espaço”, afirmou a vereadora, salientando que há muito espaço ocioso. “O que falta é o apoio do poder público para melhorar ainda mais essa escola. Vou entrar em contato com a Smed e encaminhar esses pedidos”, finalizou.
Escola Municipal
Localizada na Rua Clovis Cyrillo Limonge, 141, a Escola Municipal de Ensino Especial Frei Leopoldo é uma das três unidades em BH voltadas ao ensino de estudantes com deficiência. Com turmas reduzidas, com 10 ou até 12 alunos cada, a unidade, que conta com seis turmas na parte da manhã e sete à tarde, está se preparando para atender em tempo integral, por meio do Programa Escola Integrada. Segundo a diretora Silma Leila Braga Motta, o atendimento no contraturno vai beneficiar 76 alunos duas vezes por semana. “Nem todas as famílias optaram por deixar os filhos tempo integral na escola. Além disso, é preciso observar o comportamento desses estudantes que não estão acostumados a ficarem o dia todo fora de casa”, advertiu.
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