IMACO

Escola vai ocupar 3º andar do prédio da SMED durante reforma das instalações

Acomodações atuais apresentam problemas que prejudicam as aulas, como execesso de ruídos; questões serão debatidas em audiência

terça-feira, 10 Abril, 2018 - 18:45
Vereador Gilson Reis ouviu representantes da SMED, professores e mães de alunos da Escol Estadual Imaco

Foto: Abraão Bruck/Câmara de BH

As instalações temporárias da Escola Municipal Imaco no prédio da antiga Fafich, na Rua Carangola, que abriga hoje a Secretaria Municipal de Educação (SMED) e outras unidades de ensino, foram percorridos nesta terça (8/4) pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo. A SMED informou que, em cerca de duas semanas, a escola será transferidas para o 3º andar, proporcionando maior conforto e segurança aos alunos, e garantiu o retorno à Rua Gonçalves Dias tão logo sejam concluídas as reformas necessárias. Uma nova visita técnica ao imóvel interditado e uma audiência pública com a participação de todos os interessados serão encaminhadas pelo requerente da visita, vereador Gilson Reis (PCdoB).

Integrante da Comissão de Educação, o parlamentar foi recebido pelo representante da secretária Municipal de Educação, Márcio Alves, servidores e algumas mães de alunos. Ressaltando a importância da oferta de instalações adequadas para o desempenho qualificado das atividades pedagógicas e o pleno desenvolvimento dos processos de aprendizagem, Reis apresentou questionamentos referentes ao espaço físico destinado às salas de aula, sanitários, biblioteca, laboratórios, cantina e outras estruturas necessárias ao funcionamento da instituição de ensino, bem como ao conforto e à segurança dos cerca de 700 estudantes da instituição.

O parlamentar lembrou a importância do Imaco, uma das instituições públicas mais tradicionais da Capital, por onde passaram diversos personagens importantes da história da cidade, e mencionou a mudança do prédio original, situado dentro do Parque Municipal René Gianetti, para o imóvel localizado à Rua Gonçalves Dias, próximo da Praça da Liberdade, ocorrida há 10 anos. Afirmando a atual familiaridade e satisfação da comunidade escolar com a localização e as instalações da escola, ele lamentou a recente interdição do imóvel pela Prefeitura, sob a alegação de riscos estruturais, e a nova mudança de endereço, que impactou a rotina de estudantes, pais, professores e funcionários e teria sido decidida e efetivada sem a devida participação dos principais interessados.

Ponderando essa informação, Marcos Alves informou que todas as decisões referentes ao período de transição e às medidas a serem adotadas para amenizar os impactos das mudanças vêm sendo devidamente negociadas e submetidas à aprovação das famílias dos alunos.

Circulação e ruído excessivos

Ao percorrer as acomodações atuais, improvisadas no andar térreo e no saguão do prédio por meio da utilização de divisórias, os participantes constataram a intensa circulação de pessoas que entram e saem dos setores administrativos da SMED e das outras três escolas distribuídas pelos dez andares do prédio, que resultam em um movimento constante e em muito barulho próximo às salas de aula, agravado pela reverberação acústica do local. De acordo com os funcionários, a extensão das divisórias até o teto para o fechamento total das salas produziria um aumento desconfortável da temperatura. Para amenizar os níveis de ruído, as turmas estão ocupando salas alternadas, mantendo espaços vazios entre elas.

A diretora da escola, Cristina Câmara, afirmou que as aulas e demais atividades vêm sendo realizadas conforme o calendário escolar, incluindo as da escola integrada, e que os pais foram devidamente comunicados sobre a necessidade da mudança. Segundo ela, algumas das reclamações que chegaram ao conhecimento do vereador não teriam sido expostas diretamente aos membros da direção, que não foram chamados a participar da reunião informal na qual foram apresentadas. Entre os problemas mencionados por mães que acompanharam a visita técnica, foram apontados o desembarque do transporte escolar em pontos inadequados, pouco controle da entrada e saída dos alunos para a parte externa do prédio e sua exposição a condutas inapropriadas de estudantes inseridos em programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que funcionam no local.   

Andar exclusivo e retorno à Gonçalves Dias

Concordando com as observações quanto à inadequação das atuais acomodações, também constatada pelos gestores, o representante da SMED comunicou que, com base em estudos realizados pela equipe, as instalações do Imaco serão integralmente transferidas para o 3º andar do prédio, que será desocupado pela Secretaria. Com amplas salas de alvenaria, instalações sanitárias adequadas e um anfiteatro, serão instaladas uma portaria interna e uma grade separando a escola dos demais espaços e unidades de ensino e administração, garantindo maior segurança e privacidade a alunos e funcionários. A biblioteca permanecerá no andar térreo e as quadras de esportes e área de recreação, localizadas na parte externa,  continuarão a ser usadas pelos alunos, sempre com o acompanhamento de professores e monitores.

Sobre a interdição do imóvel da Gonçalves Dias, a SMED e a diretora da escola informaram que a medida decorreu de inspeções técnicas da Defesa Civil e engenheiros da Sudecap, realizadas após o surgimento e o alargamento de rachaduras nas paredes. As vistorias preliminares teriam indicado um provável dano às fundações do imóvel, decorrente de movimentações do solo provocadas por intervenções da Copasa nas imediações, que poderiam representar riscos à segurança dos alunos e funcionários. Ainda aguardando um laudo técnico definitivo para dar início à reforma estrutural, a Prefeitura já teria garantido o retorno do Imaco ao local, não tendo sido cogitada outra destinação ao referido prédio. 

Nova visita e audiência pública

Também por solicitação de Gilson Reis, a Comissão visitou o imóvel da Gonçalves Dias no dia 27/3, mas não conseguiu entrar devido à ausência de representantes da Prefeitura. O representante da SMED, no entanto, garantiu que a questão já está sendo encaminhada pelos setores pertinentes e que todas as decisões referentes à escola estão sendo tomadas com a participação e o voto dos pais dos alunos. Diante da discordância das famílias em relação à transferência para o prédio da Escola Estadual Pedro Américo, no Bairro Santa Tereza, foi oferecida pela Prefeitura a possibilidade de aluguel de um imóvel na mesma região, cuja prospecção vem sendo feita sem sucesso pelos interessados.

Declarando-se satisfeito com as informações obtidas e com a solução intermediária encontrada pela Secretaria, instalando a escola no 3º andar, o parlamentar anunciou a realização de uma nova visita técnica ao prédio interditado com a presença dos órgãos responsáveis e a realização de uma audiência pública para debater as questões envolvidas na reforma e no funcionamento do Imaco durante o período, facilitando o diálogo entre as partes. As datas e horários dos eventos deverão ser agendadas por ocasião da aprovação dos encaminhamentos na Comissão de Educação.

Superintendência de Comunicação Institucional

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