MUDANÇAS NA PM

Implantação de bases móveis comunitárias já apresenta resultados positivos

Colegiado apoia medida, mas defende permanência de companhias; comunidade está preocupada com aumento da insegurança

terça-feira, 7 Novembro, 2017 - 16:15

Foto: Rafa Aguiar / CMBH

A Comissão Especial de Estudo - Fechamento de Companhias da PM, instituída para analisar os impactos da eventual substituição de dez unidades por bases móveis de segurança, visitou nesta terça-feira (7/11) a 9ª e a 21ª Cias, ambas integrantes do 34º Batalhão, na Região Noroeste da capital. Para o colegiado, é inegável a importância da implantação das bases móveis em pontos estratégicos, no entanto, sem a desativação das companhias já existentes. Para o comando da PM, medida já apresenta resultados positivos.

Em fase de implantação, 86 bases móveis da PM estão sendo instaladas em locais estratégicos da capital, conforme os índices de criminalidade, circulação de pessoas, corredores de fuga e facilidade de acesso. De acordo com o novo projeto, na tentativa de racionalizar a administração e aumentar o policiamento nas ruas, dez endereços físicos onde hoje funcionam companhias de polícia seriam fechados. A medida, no entanto, tem preocupado a comunidade, que alega um significativo aumento da sensação de insegurança.

Para os vereadores Irlan Melo (PR) e Carlos Henrique (PMN), é inegável a importância da implantação das bases móveis em pontos estratégicos da capital, no entanto, sem a desativação das companhias já existentes, que garantem a segurança da população, 24h por dia.

9ª e 21ª Companhias

A 9ª Cia da PM, no Bairro Padre Eustáquio, possui bases móveis nos Bairros Carlos Prates, Caiçara e Coração Eucarístico. Questionado pelo vereador Orlei (PTdoB) acerca da nova medida, o comandante da unidade, Major Fraga, afirmou que, de acordo com o próprio retorno dado pela comunidade, os resultados têm sido bastante positivos. “Após a implantação das bases, já observamos uma redução nos registros de ocorrências”, informou o comandante.

Localizada no Bairro Carlos Prates, a 21ª Cia estaria entre as que terão suas atividades encerradas. Favorável ao novo projeto, o comandante da Cia, Major Resende, alega que, “com a implantação das bases, a população sempre vai encontrar um ponto de atendimento em no máximo quatro quilômetros de distância do outro, podendo aumentar o poder de atuação da PM em casos de registro de ocorrências”.

De acordo com a comunidade, o principal receio é que a troca afaste a população da PM, uma vez que a corporação não teria mais um endereço fixo nas regiões. Presidente da Associação dos Proprietários e Comerciantes da Regional Noroeste (Aprocon), Lucas Júnior considera que a substituição das companhias da PM por bases móveis de segurança é um retrocesso e acontece apenas para economizar dinheiro.

Segundo o vereador Juliano Lopes (PTC), após verificar as condições operacionais das companhias e o impacto do eventual fechamento para a segurança comunitária, a Comissão Especial de Estudos irá elaborar um relatório e encaminhá-lo ao governo do Estado.

Relatório final

Em reunião ocorrida ainda na tarde desta terça-feira, após a visita técnica, a Comissão Especial aprovou o envio de pedido de informação aos comandos do 5º e do 41º Batalhões da PMMG. O objetivo é obter informações detalhadas sobre os custos, a estrutura de pessoal, a disponibilidade de viaturas e a abrangência de atuação da 10ª e da 11ª Companhia da PM, situadas nos bairros Palmeiras e Teixeira Dias, respectivamente. Segundo Juliano Lopes, autor dos requerimentos, o objetivo é que as informações subsidiem a elaboração do relatório final da Comissão Especial. 

Ainda nesta terça, o colegiado aprovou ainda a realização de uma audiência pública no dia 27 de novembro, às 14h, no Plbeário Camil Caram. A proposta é que a reunião permita ao poder público e a sociedade civil fazer um balanço da implantação das bases móveis na Capital. Um dos objetivos é avaliar a efetividade das unidades, bem como a existência de eventuais pontos de melhoria nas estratégias e políticas de funcionamento adotadas. O requerimento para a reunião foi apresentado pela vereadora Nely (PMN)  

Superintendência de Comunicação Institucional

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