Em audiência, moradores cobraram agilidade nas obras do centro de saúde
Realizada na tarde de hoje (terça-feira, 16/4), audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento recebeu moradores da Vila Santana do Cafezal, no Aglomerado Serra, para cobrar celeridade da PBH na implantação da nova sede do centro de saúde. Vereadores cobraram maior rigor na punição da empreiteira responsável pela nova sede, em função do atraso nas obras. Usuários apontaram a precariedade da atual sede, reinaugurada recentemente após quatro anos em reforma.

Em audiência pública, moradores cobraram agilidade nas obras do novo Centro de Saúde Cafezal
Realizada na tarde de hoje (terça-feira, 16/4), audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento recebeu moradores da Vila Santana do Cafezal, no Aglomerado Serra (região centro-sul da Capital), para cobrar celeridade da Prefeitura na implantação da nova sede do Centro de Saúde Cafezal. Vereadores cobraram maior rigor na punição da empreiteira responsável pela nova sede, em função do atraso na obra, que deveria ser entregue em outubro deste ano, mas ainda não começou. Os usuários apontaram para a precariedade da atual sede do centro de saúde, mesmo após reforma recente.
Fechada há quase quatro anos para reformas, a atual sede do C.S Cafezal (localizada à Rua Bela Vista, nº 30, próxima à Praça de Esportes da Vila Cafezal) foi reinaugurada pela Prefeitura no início de 2013, após audiência pública realizada no último mês de dezembro e grande manifestação popular, no entanto, de acordo com os moradores, as obras apenas mudaram a fachada e não melhoraram a infraestrutura de atendimento. Diante da inadequação estrutural, os usuários e funcionários do C.S Cafezal demandam a implantação urgente de nova sede que absorva o volume de atendimentos.
Requerida pelo vereador Marcelo Aro (PHS), a audiência cobrou do Executivo soluções para a precariedade da estrutura atual e urgência na construção da nova sede, que já passou por processo licitatório, mas não teve as obras iniciadas. “Multar a construtora em R$10 mil (como informado pela Sudecap), não adianta nada. Esse valor chega a ser irrisório diante do desgaste da comunidade, que fica na fila debaixo de sol e chuva, e considerando o valor total da obra de quase R$3 milhões. O que queremos é o centro de saúde construído”, afirmou Marcelo Aro, propondo que haja uma pressão mais rigorosa sobre a empreiteira. O vereador ainda lamentou a ausência do secretário de saúde e outros gestores públicos de primeiro escalão que pudessem dar respostas e soluções mais concretas às demandas populares.
Atuais problemas
Os moradores afirmaram que, desde a transferência temporária do centro de saúde, da Rua Bela Vista para a Rua do Ouro (bairro Serra), em 2009, o terreno ao lado da sede original vem sendo usado como depósito de lixo, gerando mau cheiro e doenças para os moradores. Além do lixo acumulado no entorno, que permanece mesmo após a reinauguração da sede, a comunidade denunciou a falta de médicos; o tamanho reduzido das salas de atendimento, que chegam a medir 2m²; as filas nas calçadas, deixando os usuários e doentes sob sol e chuva, e a dificuldade de agendamento das consultas, por falta de equipe médica.
O Distrito Sanitário Regional explicou que vem trabalhando com a comunidade para desestimular o acúmulo de lixo no local, mas os moradores ainda estariam jogando muito descarte impróprio. Na mesma perspectiva, o vereador Dr. Nilton (PSB) afirmou que a Prefeitura tem buscado orientar os moradores, mas seria necessário maior empenho da comunidade.
“Não podemos colocar a responsabilidade apenas em cima dos moradores”, questionou Antônio João, liderança comunitária do Cafezal. “Não são os moradores, são os comerciantes da região (açougues e sacolões) que jogam restos de ossos, carnes e alimentos ali”, completou. O morador destacou a responsabilidade da Prefeitura em promover ações concretas de melhorias no Aglomerado. “A Serra é uma das regiões mais contempladas com projetos aprovados no Orçamento Participativo, porém, as obras estão lá, começadas e não terminadas. De abstrato, nós já estamos cheios”, concluiu Antônio, lembrando que no Plano Global Específico está prevista a instalação de unidades de recebimento de pequenos volumes (URPVs) que poderiam solucionar o acúmulo de lixo, mas nunca foram implantadas.
Nova sede
Por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e da gerência do C.S Cafezal, a Prefeitura afirmou que já sabia que as reformas na sede atual, entregues no início deste ano, não seriam suficientes para o alto volume de atendimentos, que envolve uma média diária de 60 pessoas por demanda espontânea e dezenas de atendimentos por agendamento e outros serviços como curativos, vacinas, farmácia e coleta de exames. A PBH calcula que, dos 10,5 mil usuários, cerca de 1% adoece diariamente, somando 100 pessoas todos os dias.
Diante desses números, a Prefeitura explica que o projeto da nova sede busca resolver a inadequação estrutural, prevendo uma edificação de três pavimentos, com 17 consultórios, em detrimento da atual estrutura, com apenas um andar e oito consultórios. A Sudecap informou que a nova sede será construída próxima à sede atual, no entorno da Praça de Esportes, mas irá absorver parte da praça, retirando dali a área de skate, que deverá ser reinstalada no local ocupado, atualmente, pelo “lixão”.
Também participaram da reunião a Defensoria Especial da Saúde (Defensoria Pública) e os vereadores Bim da Ambulância (PTN) e Wellington Bessa “Sapão” (PSB).
Superintendência de Comunicação Institucional