Fisioterapeutas pedem apoio na CMBH
Eles querem que vereadores participem da luta por melhoria salarial da categoria.

Após manifestação na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais na manhã dessa segunda-feira (22/8), representantes da categoria de fisioterapeutas procuraram a presidência da Câmara Municipal para pedir apoio dos vereadores. Eles reivindicam melhoria salarial para garantir a qualidade dos serviços prestados. Segundo os fisioterapeutas, o valor pago pelos planos de saúde varia de R$4,20 a R$ 12,00 a sessão.
O presidente da Câmara, vereador Léo Burguês de Castro (PSDB), manifestou sua solidariedade quanto aos direitos reivindicados. “O objetivo da Câmara é dar apoio a esses valorosos profissionais, para que tenham reajuste e sejam pagos dignamente pelos serviços prestados”.
O vereador Ronaldo Gontijo (PPS), que é fisioterapeuta pós-graduado em Saúde Pública e perito forense em fisioterapia, ressaltou que, principalmente após a atual transição epidemiológica, pacientes diabéticos, hipertensos e obesos dependem muito do fisioterapeuta.”Hoje, o cidadão vive mais, pois as doenças infecto-contagiosas são curáveis mas as doenças crônico-degenerativas necessitam de fisioterapia no tratamento. Considerando que o profissional responsável pela promoção da saúde é o fisioterapeuta, ele é muito pouco valorizado”, constatou Ronaldo.
Reivindicações
O presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas Ocupacionais do Estado de Minas Gerais, Bruno Fuquino, destacou o motivo da reivindicação. “Hoje, estamos lutando pela nossa valorização, considerando o que é repassado pelos planos de convênio e operadoras de saúde. Após descontados impostos e despesas, temos livre R$ 0,80. Todas clínicas de Belo Horizonte e de Minas Gerais estão trabalhando no vermelho”, declarou.
Para o fisioterapeuta Gustavo Nanaka Gontijo, que atua na área de gestão do sindicato, o baixo valor pago pelo plano de saúde obriga clínicas e fisioterapeutas a atenderem um número maior de pacientes, o que acaba levando a um atendimento de péssima qualidade. “Acabamos atendendo um paciente num curto espaço de tempo e com pouca atenção e, ao contrário, a fisioterapia exige um trabalho direcionado, que envolve o contato do terapeuta com o paciente”, informou Gustavo.
De acordo com o presidente da Associação Mineira de Fisioterapeutas – AMF, Hugo Pereira Goretti, o objetivo da mobilização é conscientizar a população sobre o valor repassado. “O honorário pago atualmente pelos planos de saúde tem como conseqüência o sucateamento do serviço, com prejuízo para a população”.
O tesoureiro geral da Associação Mineira de Fisioterapeutas, Felipe Medeiros de Souza,também destacou a importância da mobilização. “O profissional responsável pela reabilitação e promoção da saúde precisa de uma valorização no mercado”, concluiu.
Amanhã (23/8), haverá nova mobilização na Praça da Liberdade, às 11 horas.