POLÍTICA SALARIAL

Fisioterapeutas pedem apoio na CMBH

Eles querem que vereadores participem da luta por melhoria salarial da categoria.

domingo, 21 Agosto, 2011 - 00:00

Após manifestação na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais na manhã dessa segunda-feira (22/8), representantes da categoria de fisioterapeutas procuraram a presidência da Câmara Municipal para pedir apoio dos vereadores. Eles reivindicam melhoria salarial para garantir a qualidade dos serviços prestados. Segundo os fisioterapeutas, o valor pago pelos planos de saúde varia de R$4,20 a R$ 12,00 a sessão.

O presidente da Câmara, vereador Léo Burguês de Castro (PSDB), manifestou sua solidariedade quanto aos direitos reivindicados. “O objetivo da Câmara é dar apoio a  esses valorosos profissionais, para que tenham reajuste e sejam pagos dignamente pelos serviços prestados”.

O vereador Ronaldo Gontijo (PPS), que é fisioterapeuta pós-graduado em Saúde Pública e perito forense em fisioterapia, ressaltou que, principalmente após a atual transição epidemiológica, pacientes diabéticos, hipertensos e obesos dependem muito do fisioterapeuta.”Hoje, o cidadão vive mais, pois as doenças infecto-contagiosas são curáveis mas as doenças crônico-degenerativas necessitam de fisioterapia no tratamento. Considerando que o profissional responsável pela promoção da saúde é o fisioterapeuta, ele é muito pouco valorizado”, constatou Ronaldo.

Reivindicações

O presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas Ocupacionais do Estado de Minas Gerais, Bruno Fuquino, destacou o motivo da reivindicação. “Hoje, estamos lutando pela nossa valorização, considerando o que é repassado pelos planos de convênio e operadoras de saúde. Após descontados impostos e despesas, temos livre R$ 0,80. Todas clínicas de Belo Horizonte e de Minas Gerais estão trabalhando no vermelho”, declarou.

Para o fisioterapeuta Gustavo Nanaka Gontijo, que atua na área de gestão do sindicato, o baixo valor pago pelo plano de saúde obriga clínicas e fisioterapeutas a atenderem um número maior de pacientes, o que acaba levando a um atendimento de péssima qualidade. “Acabamos atendendo um paciente num curto espaço de tempo e com pouca atenção e, ao contrário, a fisioterapia exige um trabalho direcionado, que envolve o contato do terapeuta com o paciente”, informou Gustavo.

De acordo com o presidente da Associação Mineira de Fisioterapeutas – AMF, Hugo Pereira Goretti, o objetivo da mobilização é conscientizar a população sobre o valor repassado. “O honorário pago atualmente pelos planos de saúde tem como conseqüência o sucateamento do serviço, com prejuízo para a população”.

O tesoureiro geral da Associação Mineira de Fisioterapeutas, Felipe Medeiros de Souza,também destacou a importância da mobilização. “O profissional responsável pela reabilitação e promoção da saúde precisa de uma valorização no mercado”, concluiu.

Amanhã (23/8), haverá nova mobilização na Praça da Liberdade, às 11 horas.