Treinamento: Limpeza e desinfecção no setor de Saúde na CMBH

Funcionários terceirizados da área de limpeza são orientados, pela Seção Médica, sobre normas para evitar infecções.

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O curso “Limpeza e desinfecção no setor de Saúde na CMBH” aconteceu no dia 28 de maio, sendo ministrado por Dalvacy Sathler Rodrigues, enfermeira do trabalho, da Seção Médica da Câmara, para dez participantes.

domingo, 30 Maio, 2010 - 21:00

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O curso “Limpeza e desinfecção no setor de Saúde na CMBH” aconteceu no dia 28 de maio, sendo ministrado por Dalvacy Sathler Rodrigues, enfermeira do trabalho, da Seção Médica da Câmara, para dez participantes.

Objetivo e conteúdo abordado

A proposta do treinamento foi capacitar os encarregados da empresa Método, empresa que presta serviços de limpeza para a CMBH, sobre normas e técnicas relacionadas à limpeza e desinfecção dos setores médico e odontológico da Instituição. Esses procedimentos estão de acordo com as normas de biossegurança , padronizadas pelo Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.

Os temas abordados foram: Regras e princípios básicos de limpeza e desinfecção; Definição de conceitos básicos; Padronização de produtos usados em serviços de saúde; Conservação, guarda e materiais usados na limpeza e desinfecção; Equipamentos de Proteção Individual; Técnicas de limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos de saúde; e Regras básicas de acondicionamento do lixo ambulatorial.

Iniciativa da Câmara

Segundo Dalvacy, de acordo com o contrato entre a Câmara Municipal e a Método, a empresa seria responsável por oferecer treinamento para o pessoal da limpeza. Mas, a Câmara acabou assumindo essa função.

“Julgamos importante oferecer o treinamento, uma vez que somos contratantes e, ministrando-o, mostrando normas e rotinas, fica mais fácil acompanhar e fiscalizar o trabalho da empresa terceirizada”, constatou Dalvacy.

Áreas crítica, semi-crítica e não crítica

A enfermeira salientou que o conteúdo tratou somente da limpeza e desinfecção do setor de Saúde – Seção Social, Médica e Odontológica.

“Apresentei aos funcionários da Método conceitos como áreas crítica, semi-crítica e não-crítica, considerando que, para cada uma delas, há um procedimento, um processo adequado e diferenciado”, explicou.

De acordo com Dalvacy, a área crítica é a área de maior risco de infecção, onde existe contato com pacientes com doenças infecciosas ou algum tipo de patologia, com a presença de secreções, sangue ou saliva. Consultórios, enfermarias e salas de fisioterapia são consideradas áreas críticas. Já a área semi-crítica é a área onde se atende o paciente, mas onde o contato com secreções não é tão freqüente. E, nas áreas não críticas, não há presença do paciente, no caso da Câmara, do servidor. Dessa forma, podem ser consideradas áreas não críticas na Seção Médica a recepção e a sala de gerência.
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Outros conceitos e procedimentos

Além dessas definições, foram mostradas aos participantes conceitos como limpeza, desinfecção, esterilização e contaminação. Foram apresentadas, também, normas, rotinas, cuidados e higienização dos materiais de limpeza na Seção Médica.

“Aqui, não se pode usar vassoura e a área crítica tem que sofrer desinfecção todos os dias. O treinamento também dá orientações sobre a limpeza do rodo e da vassourinha de vaso, por exemplo, para se evitar a contaminação”, exemplificou Dalvacy.

Dalvacy também falou sobre a importância do processamento e do recollhimento adequado do lixo no setor de Saúde.

“Os sacos de lixo são diferenciados para resíduos infectados e para resíduos comuns. Existem normas para se fazer a coleta desse lixo, dentre elas a periodicidade da limpeza no setor. Mostramos, também, a importância do uso do equipamento de proteção individual”, relatou Dalvacy.

Ela ressaltou que todo funcionário que trabalha no Setor Médico, por lei, em conformidade com o Ministério da Saúde e com a Secretaria Municipal de Saúde, deve ser orientado e treinado. Mas, foram treinadas, também, outras pessoas que nunca trabalharam na área de Saúde.

Público alvo
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Carmen Rodrigues, funcionária terceirizada da empresa Método, participou do curso e é a única funcionária da Método responsável pela limpeza na Seção Médica.Ela também trabalhou nesse área no Hospital Belo Horizonte, durante 15 anos e, depois, por 3 anos, como ascensorista. A funcionária destacou que a principal preocupação que se deve ter em uma unidade de Saúde são os cuidados para se evitar infecções.

“Tenho uma experiência anterior na área de Saúde, mas a Câmara, para mim, é uma novidade. Estou aqui há onze meses e, na Seção Médica, há dois meses . Acho essencial todo cuidado com o material utilizado no setor, incluindo a limpeza e o recolhimento do lixo na ordem certa, evitando, assim, o risco de infecção”, concluiu.

Andréa Teixeira

Confira o material do curso disponível para download.