Utilização de publicidade nos táxis é tema de audiência

A utilização de publicidade nos táxis de Belo Horizonte, como medida compensatória, em razão da exigência da instalação do Sistema de Posicionamento Global, popularmente conhecido como GPS, foi o tema discutido hoje, 20 de novembro, na audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. A reunião foi solicitada pelo vereador Wagner Messias ‘Preto’ (DEM).    

Segundo o parlamentar, outro fator que motivou a audiência foi o fato de a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) ter vetado aos taxistas a realização de licitação para que seja explorada a publicidade nos táxis.

O diretor-presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha Ladeira, informou que o processo de implantação de publicidade nos táxis está suspenso em razão da portaria nº.61/07, mas explicou que a empresa realizou o Fórum de Taxistas para definir mecanismos de utilização desse tipo de propaganda. “O equipamento irá garantir segurança, tanto para os taxistas como para os passageiros”, afirmou.

Ricardo Mendanha ressaltou que a BHTrans irá cobrar uma taxa pelo gerenciamento do serviço de publicidade nos veículos. O diretor da Cooperativa Mista de Transporte de Passageiros em Táxi de Belo Horizonte (Coopertaxi), Sérgio Antônio da Cunha, informou que a cooperativa encaminhou um pedido especial à BHTrans, com o objetivo de rever a portaria que regula esse tipo de publicidade. “A idéia é permitir que o taxista participe da escolha da empresa de segurança que vai monitorar seu veículo”, sugeriu.

Durante a reunião, o diretor da Coopertaxi solicitou ao diretor da BHTrans uma autorização para apresentar aos taxistas as ofertas de empresa de instalação dos equipamentos de GPS. “A licitação deve ser feita, pois dessa forma os taxistas terão transparência no processo de contratação”, ponderou o vereador Wellington Magalhães (PMN).

Segundo o Presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Sindicavir), Dirceu Efigênio Reis, a entidade quer garantir a segurança dos profissionais e não as vantagens da empresa que vai realizar o serviço.

O vereador Preto sugeriu que fosse realizada outra audiência, para que o tema possa ser melhor analisado. “Vamos convidar as empresas que comercializam o GPS no município, para que o processo de contratação do serviço seja feito de maneira transparente”, afirmou.