Câmara sedia fórum sobre dependência química

A necessidade de se buscar tratamento adequado para jovens vítimas das drogas. Esse foi o objetivo do Fórum Municipal sobre Dependência Química, realizado sábado, 6 de outubro, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, uma iniciativa da vereadora Ana Paschoal (PT).

Durante os debates, constatou-se que houve uma transferência de responsabilidade do poder público para as entidades do terceiro setor, devido à carência de programas de governo que atuem no tratamento e resgate dos dependentes, problema enfrentado em todo o País.

De acordo com o presidente do Projeto Resgate Cidadania, Edinaldo de Freitas Matos Júnior, a maioria dos projetos governamentais atua na prevenção e no combate às drogas. “No entanto, existe uma carência ou até mesmo ausência de projetos que busquem um efetivo tratamento para as pessoas”, constatou.

Demanda
 
Para a vereadora Ana Paschoal, além de existirem poucos programas direcionados ao tratamento da dependência química, o Sistema Único de Saúde (SUS) não atende à demanda, pois necessita de maior preparação e informação sobre o assunto.

“Precisamos criar uma rede para integrar os dependentes químicos. Os projetos governamentais atuam apenas na prevenção e os centros de saúde necessitam de um maior conhecimento para atuar no tratamento dos dependentes”, ressaltou.
 
Também compareceram ao fórum o subsecretário de Combate Antidrogas da Secretaria de Estado de Minas Gerais, Clóvis Benevides; o presidente da Fundação Guimarães Rosa, Coronel Álvaro Antônio Nicole; o presidente do Conselho Municipal Contra Drogas, Antero Drummond Júnior; a Gerente do Núcleo de Acompanhamento da Rede pela Paz (SMED/PBH), Karine Gusmão; a juíza de Direito, titular da Vara Infracional do Menor, Valéria da Silva Rodrigues; entre outras autoridades.