Vereadores criticam possível criação do município do Barreiro
A possibilidade foi aventada depois que os deputados federais aprovaram projeto que regulamenta criação de municípios

O vereador Juliano Lopes (SDD) criticou a possibilidade de criação do município do Barreiro durante a reunião plenária desta sexta feira (6/6). O vereador teme que isso fique mais perto de ocorrer caso o Projeto de Lei Complementar (PLP) 397/14, aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (4/6), seja sancionado pela presidenta Dilma Roussef (PT). Entretanto, antes que a presidenta possa apreciar o projeto, que regulamenta a criação, emancipação e fusão de municípios, ele precisa retornar ao Senado, devido a mudanças feitas pelos deputados.
Lopes, que tem sua base de votação no Barreiro, questionou os gastos com cargos públicos e eletivos que serão gerados caso a região se torne um município independente de Belo Horizonte. Segundo ele, os munícipes teriam que arcar com os custos de dezenove vereadores e de várias secretarias. Ele também lembrou que a região conta com 29 escolas municipais, 20 centros de saúde, além de outros equipamentos públicos que teriam que ser mantidos com a receita do novo município. O parlamentar acredita que caso a região seja emancipada haverá sérias dificuldades financeiras para administrá-la. “Deixo aqui minha indignação contra qualquer tentativa de criação do município do Barreiro” salientou.
O vereador Arnaldo Godoy (PT) apoiou o posicionamento de Juliano Lopes. De acordo com Godoy, os interesses políticos na criação do município do Barreiro não podem prevalecer sobre os interesses dos cidadãos e lembrou que a “despesa que um município tem é gigantesca”. O petista afirmou que não seria correto criar mais um município que ficasse dependente de repasses da União.
Visita da presidenta
A vinda da presidenta Dilma Roussef a Belo Horizonte neste final de semana para visitar as obras do BRT e o Centro de Operações, onde ficarão concentradas as ações estratégicas de trânsito e segurança durante a Copa do Mundo, também foi motivo de debate no plenário. O vice-líder do governo, vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PV), classificou o BRT/Move como “o maior avanço no transporte coletivo da capital nos últimos tempos”. Em resposta a críticas sobre problemas na fase inicial de funcionamento do modal de transporte o vereador afirmou que como todo novo sistema, ele ainda está sofrendo ajustes e trará ganhos para a mobilidade na capital.
O vereador Pedro Patrus (PT) argumentou que a presidenta Dilma Roussef não virá à capital para inaugurar o BRT, mas para fiscalizar o uso de mais de R$ 1,7 bilhão do governo federal em obras de mobilidade urbana. Ainda segundo ele, a fiscalização se faz necessária porque “o planejamento e a gestão do BRT foram mal feitos”. Ele fez referências a problemas na execução das obras. “Todo mundo lembra: era estação construída e quebrada, era curva da pista de BRT em que o ônibus não passava, era viaduto mal feito, então ela tem que vir fiscalizar mesmo. Não tenham dúvida. Ela tem que ver onde o dinheiro do povo brasileiro está sendo empregado”, afirmou o vereador.
Assista aqui à reunião na íntegra.
Superintendência de Comunicação Institucional