Segunda mesa discute o estado de saúde da população

 
Durante a programação da segunda mesa de discussões do Terceiro Encontro Temático do Fórum Metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que ocorreu na tarde de hoje, foram apresentados dados sobre o PSF e seu alcance na capital e RMBH. “Refletindo sobre Possibilidades e Perspectivas” foi o tema escolhido para a segunda parte do Encontro.
 
O secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Helvécio Magalhães Júnior, chamou a atenção para a necessidade de se fazer a chamada “Prevenção Primária”, que tem o objetivo de acompanhar o estado de saúde da população, além de efetuar ações de prevenção e esclarecimento sobre doenças. “O campo de atuação dos programas voltados para a área da saúde ganha amplitude através da prevenção primária”, disse. Helvécio explicou que são feitos quatro estágios de prevenção, mas que o primeiro ganha destaque por ser realizado numa fase onde a pessoa pode evitar o contágio por doenças através da prevenção e informação.
 
Outras ações voltadas para a melhoria da saúde e qualidade de vida foram abordadas por Helvécio Magalhães, que afirmou ser importante analisar cada cidade com suas particularidades para aumentar a eficiência do PSF e do atendimento feito pelo Sistema Municipal de Saúde. “Voltar o olhar para as desigualdades é sempre importante. Assim, podemos identificar as carências de cada região e buscar soluções para supri-las”, explicou.

O secretário apresentou os avanços de projetos como a Academia Popular, que se mostrou bem-sucedido. “Cada academia custa, mensalmente, o mesmo valor que dois leitos em uma CTI mantida pelo município. A melhoria na qualidade de vida se traduz, por exemplo, na diminuição do colesterol, pressão e redução de peso das pessoas beneficiadas”, informou. Segundo ele, essas melhorias foram constatadas através de pesquisa.
 
SUS
 
A representante do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Rizoneide Negreiros de Araújo, falou sobre as principais dificuldades a serem superadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Hoje o SUS tem um alcance muito grande em todo o território nacional e avançou muito nos sistemas de média e baixa complexidade, mas precisa melhorar as questões de atendimento básico”, ressaltou.
 
A palestrante, que é enfermeira, também destacou a importância da prevenção. “Imagens de pessoas que sofrem com a espera nos postos de Pronto Atendimento, mas quase ninguém procura os Centros de Saúde para se prevenir contra problemas de saúde. Esse hábito tem que mudar”, disse.

Maria Rizoneide explicou também que um dos grandes desafios a serem vencidos pelo SUS é a melhoria da infra-estrutura nas Unidades Básicas de Saúde para garantir um tratamento de qualidade à população, e o estímulo aos profissionais da área de saúde que atuam no sistema.
 
Segundo ela, o PSF possui 852 equipes atuando em Minas, e atende a 60% da população da RMBH. “Temos que melhorar, e muito, este número” completou. Entre os pontos positivos do PSF, ela destacou a redução da mortalidade infantil.
 
Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1216).