CENTRO DE SAÚDE CÉU AZUL

Comissão constata em visita falta de médicos e de espaço físico

Outro problema apontado foi a falta de segurança, já que guardas municipais trabalham em dias alternados

terça-feira, 21 Março, 2017 - 13:15
Vereadores visitam o Centro de Saúde Céu Azul para averiguar condições de funcionamento

Foto: Rafa Aguiar/CMBH

Dando continuidade à série de visitas técnicas a centros de saúde de Belo Horizonte, a Comissão de Saúde e Saneamento vistoriou, nesta terça-feira (21/3), o Centro de Saúde Céu Azul. Foram constatados problemas como falta de profissionais, de espaço físico, de insumos e de segurança. As informações apuradas constarão de um relatório da comissão a ser encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde.

A unidade possui seis equipes do Programa Saúde da Família (PSF), estando quatro completas, incluindo uma nutricionista, uma fisioterapeuta, uma fonoaudióloga, uma psicóloga, uma educadora física, uma farmacêutica, 16 técnicos em enfermagem, mas são necessários mais dois médicos. A equipe de Saúde Mental, por sua vez, está completa, com uma psiquiatra e uma psicóloga. O posto conta, ainda, com dois ginecologistas e um pediatra. A área de Saúde Bucal possui três dentistas, mas falta equipamento de proteção individual, papel toalha e capote para os dentistas realizarem os atendimentos. O centro tem, também, seis agentes comunitários de saúde (ACSs) , mas precisa de mais dois profissionais na área. A unidade possui, ao todo, 81 funcionários, 15 consultórios e atende 23 mil usuários.

Problemas apontados

Segundo usuários, é grande a demora para marcar exames e consultas especializadas, faltam medicamentos e insumos e o espaço físico é pequeno, fazendo-se necessária a utilização de outra unidade para atendimento, atualmente desativada, próximo ao local. Outro problema apontado foi a falta de segurança, já que guardas municipais trabalham somente em dias alternados no posto, provocando, assim, o aumento da violência e dificultando a acessibilidade, ressaltando que um dos portões tem que permanecer fechado.

Na área de Zoonoses, constatou-se que falta veneno para rato, utilizado para combater epidemias. A área precisa, também, de uma reforma, pois possui telhas quebradas e apresenta problemas na calha, que é aberta. Foram apurados, ainda, problemas como falta de papel e de impressora, que têm sido comprados pelos próprios usuários. Segundo gestores, outro local que necessita de reestruturação é a entrada do posto, em função do barulho, que vem prejudicando o trabalho dos profissionais. Segundo os funcionários, o número excessivo de usuários que frequentam o posto por dia exige que os profissionais assumam, muitas vezes, mais de uma função. Eles reclamaram, ainda, da falta de veículos para visitas domiciliares e reivindicaram a contratação de mais uma equipe para a unidade.

Encaminhamentos

O vereador Cláudio da Drogaria Duarte (PMN), que solicitou a visita, promoteu cobrar soluções das autoridades responsáveis. “Buscaremos, junto à Secretaria Municipal de Saúde, uma resposta imediata para os problemas constatados, como questões estruturais, falta de equipamentos e de material humano, que comprometem o atendimento à população”, declarou.

Conforme informou o vereador Bim da Ambulância (PSDB), presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, será apresentado um relatório, na reunião ordinária desta quarta-feira (22/3), onde constarão todos os dados apurados na visita. O relatório será encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde, solicitando um posicionamento para que sejam atendidas as demandas de usuários e profissionais.

Superintendência de Comunicação Institucional

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