A melhoria dos serviços de urgência e emergência na rede pública de saúde vai estar na pauta da Câmara de BH na próxima semana. Nos dias 17 e 18 de março, o legislativo municipal realiza o Seminário Gente é Urgente, com a participação de especialistas e gestores de todo o país. Aberto à participação popular, o seminário vai ser aberto às 19h da quinta-feira (17/3). Na sexta (18/3), a programação se inicia às 9h e prossegue durante toda a tarde, com debates e mesas redondas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui.
O seminário é fruto de esforços conjuntos de profissionais, estudiosos, lideranças sindicais, governos e dos vereadores na Câmara de BH, que se uniram para colocar em debate a atual situação da urgência e emergência no Sistema Único de Saúde, bem como perspectivas para humanização do serviço na Capital e em todo o país.
Para o vereador Gilson Reis (PCdoB), membro da Comissão de Saúde e Saneamento da Casa, o evento vai permitir que a sociedade e agentes públicos discutam soluções para os gargalos que afetam o atendimento de urgência e emergência em todo o Brasil. Entre os mais relevantes, o vereador destaca problemas inerentes à divisão das responsabilidades entre os entes federados (Município, Estado e União), corresponsáveis pelo financiamento do sistema; além das limitações na oferta de formação especializada para os profissionais que atuam na área.
Ainda segundo o vereador, o seminário vai marcar o lançamento de uma campanha nacional por melhorias nos serviços de urgência e emergência, batizada de “Gente é Urgente”. A proposta é criar uma ampla frente de mobilização em torno da ideia de humanizar e qualificar os serviços, que são essenciais para salvar vidas.
Programação
O seminário vai contar com a participação de gestores e de profissionais de referência na área, vindos de diferentes partes do Brasil. Entre eles estão o secretário municipal de Saúde, Fabiano Pimenta e o secretário estadual da pasta, Fausto Pereira do Santos, além do Dr. Arthur Chioro, ministro da Saúde em 2014 e 2015. Representantes do Conselho Nacional de Saúde, da Agência Nacional de Saúde (ANS), do Hospital Sírio Libanês e do Hospital das Clínicas da UFMG também participarão dos debates.
Na programação do evento, estão previstas mesas redondas sobre os desafios da integração da Rede do SUS e do sistema suplementar, além da formação permanente de profissionais da urgência e emergência e a fiscalização dos serviços na rede pública e conveniada.
Sobre os serviços
Na prática, os atendimentos de urgência são aqueles que exigem rapidez na atenção ao paciente, mas que não implicam riscos eminentes à saúde, como traumatismos, dores abdominais, febres, dentre outros. Já os casos de emergência são aqueles em que o paciente está em situação de risco imediato de morte, como paradas cardiorrespiratórias, infartos, hemorragias, derrames.
No Brasil, casos de derrame e de infarto são os principais motivos de morte da população. Especificamente nas grandes cidades, e sobretudo entre a população mais jovem, são os acidentes e os atos de violência que ocupam a dianteira no ranking dos óbitos. Daí a importância da urgência e da emergência, serviços que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
Todo cidadão tem direito a esses atendimentos, de forma gratuita, na rede do Sistema Único de Saúde.
Superintendência de Comunicação Institucional
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