Comissão visita obras paralisadas em unidade da área hospitalar
Na próxima segunda (28/9), vereadores retornarão ao local. Previsão de entrega é de até março de 2016

Comissão visita obras do Restaurante Popular da área hospitalar. Foto: Divulgação CMBH
A fim de apurar de perto o andamento das obras do restaurante popular da área hospitalar, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor realizou uma vistoria ao local nesta quinta-feira (24/9). Iniciadas em 2013 e orçadas em R$ 2,2 milhões, as obras foram interrompidas por diversas vezes. Na visita, técnicos da prefeitura informaram que o atraso se deveu à necessidade de liberação de aditivo, publicado nesta quarta (23/9) no Diário Oficial do Município, no valor aproximado de R$ 600 mil, para a realização de serviços não previstos no projeto inicial, como instalação de novos elevadores monta-cargas e novo sistema de exaustão, reforma das câmaras frigoríficas e plataformas de acessibilidade e substituição de instalações elétricas e hidráulicas. Com a liberação do aditivo, as obras serão reiniciadas na próxima segunda-feira (28/9), quando os vereadores farão nova vistoria à unidade.
Com três andares, um subsolo e 3500 m² de área construída, o restaurante funciona há 10 anos na região e, em 2013, foi fechado para reforma. Antes do fechamento, o restaurante servia cerca de 4500 refeições diárias, sendo mil direcionadas para a Câmara Municipal. Antes da reforma, a unidade possuía 90 funcionários, sendo 35 remanejados e o restante dispensado. Para a obra, foram contratados 30 funcionários.
Conforme explicou a fiscal da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Letícia Guerra, no decorrer da obra, constatou-se a necessidade de reformas não previstas no projeto inicial, como a substituição de três elevadores monta-cargas, do sistema de exaustão e de câmaras frigoríficas (incluindo impermeabilização), revestimento cerâmico de plataformas de acessibilidade, colocação de barras de apoio para instalações sanitárias, com revestimento em inox, reforma da cozinha (incluindo impermeabilização), da área de higienização de bandejas, instalação de novo aquecedor solar com apoio elétrico e a gás, além da substituição de bancadas, portões, teto, luminárias e sistemas elétrico e hidráulico.
Previsão de entrega
Na visita, o gerente do Programa de Alimentação Popular da PBH, Carlos Pantuzi, informou que os equipamentos comprados estão guardados no Barreiro, mas são necessários de 30 a 40 dias para montar a linha de produção. Também devem ser realizadas de 48 a 72 horas de teste, para que o restaurante seja entregue com segurança à população. Assim, a previsão de entrega final da obra pela PBH, após conclusão de cronograma da Sudecap e do Programa de Alimentação Popular, é entre fevereiro e março de 2016.
Pantuzi ressaltou, ainda, que parte da demanda que vinha sendo atendida no restaurante popular da área hospitalar migrou para o refeitório da Câmara Municipal, que teve um aumento de 60% em sua demanda, com um público formado por moradores de rua, beneficiários do bolsa-família e idosos.
Pontos observados
O vereador Pedro Patrus (PT), um dos requerentes da visita, questionou a demora na realização da reforma, tendo em vista que os trabalhos começaram em 2013, com previsão de entrega em seis meses. Patrus informou que, em abril de 2014, a comissão realizou, a primeira visita técnica ao local, quando as obras estavam praticamente paradas. “Vamos continuar cobrando e fiscalizando, pois a população de Belo Horizonte realmente precisa desse equipamento público”, completou.
Reiterando a preocupação com o atraso das obras, o vereador Adriano Ventura (PT), que também requereu a visita, ressaltou que a comissão irá acompanhar a liberação do aditivo. “O papel da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor é garantir que prazos sejam cumpridos, para que, em 2016, o restaurante esteja, novamente, disponível para a população”, concluiu.
Superintendência de Comunicação Institucional