FUNCIONALISMO MUNICIPAL

Presidente da Câmara promete interceder em favor de servidores

Wellington Magalhães se propôs a intermediar diálogo entre categoria e PBH

segunda-feira, 8 Junho, 2015 - 00:00
Wellington Magalhães se propôs a intermediar diálogo entre categoria e PBH - Foto: Bernardo Dias

Wellington Magalhães se propôs a intermediar diálogo entre categoria e PBH - Foto: Bernardo Dias

Recomposição salarial, melhores condições de trabalho e regulamentação de direitos, incluindo o de greve, são algumas das reivindicações apresentadas nesta segunda (8/6) por dezenas de servidores municipais no saguão da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Reunido com os manifestantes, em greve há duas semanas, o presidente Wellington Magalhães (PTN) se comprometeu a agendar uma reunião urgente com o prefeito Marcio Lacerda - que anunciou reajuste zero em 2015 - e representantes da categoria, no intuito de promover o diálogo e a busca de soluções para o impasse.

Em greve desde o dia 25 do mês passado, para reivindicar a recomposição salarial e melhores condições de trabalho, servidores se queixaram da falta de diálogo e receptividade a suas demandas pela Prefeitura de BH, que anunciou a impossibilidade de conceder qualquer reajuste à categoria neste ano. Diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) e dezenas de trabalhadores presentes à Casa pediram a intercessão dos vereadores e a elaboração de legislação específica sobre a questão, evitando que esse desgaste se repita a cada ano.

Os sindicalistas denunciaram ainda perseguições por parte da prefeitura aos servidores mobilizados e atos arbitrários como corte de ponto, desconto de dias parados nas férias e até mesmo o impedimento de sua entrada em unidades da rede de saúde municipal, o que nunca teria ocorrido antes na cidade. Ressaltando que a luta não se restringe à remuneração, mas também à falta de condições adequadas de trabalho, insumos e equipamentos, a categoria lamentou os transtornos causados à população, mas reivindicou a regulamentação do direito de greve, bem como o estabelecimento de uma data-base para negociação salarial.

Magalhães acompanhará comissão

Em conversa com os servidores, Wellington Magalhães declarou total apoio às reivindicações, que considerou legítimas, e defendeu uma mudança de postura por parte da administração municipal. “O prefeito tem que usar a democracia, ele tem que ouvir vocês, saber dizer que sim ou dizer que não”, ponderou. O presidente do Legislativo Municipal afirmou que irá solicitar pessoalmente ao prefeito que receba, o mais breve possível, uma comissão formada por representantes da categoria e se comprometeu a acompanhar os servidores, ajudando a intermediar as negociações.

Lembrando a restrição das competências do Legislativo sobre a questão, Magalhães afirmou a disposição em colaborar com os servidores municipais por meio da proposição de normas que garantam e protejam seus direitos. “Se eu tivesse a caneta na mão resolveria isso agora mesmo”, disse o presidente que, além de agendar a reunião com a maior urgência possível, disponibilizará o corpo técnico da Casa para a elaboração de projetos de lei a partir de sugestões colhidas junto à categoria.

Os vereadores Leonardo Mattos (PV), vice-líder do prefeito na Casa, e Dr. Nilton (Pros) também declararam apoio às reivindicações dos servidores e se disponibilizaram para colaborar nos esforços de diálogo e sensibilização da prefeitura, possibilitando a construção de um acordo satisfatório para as partes.

Superintendência de Comunicação Institucional