Comissão foi ao Bairro Camargos discutir atraso em obras de recuperação viária

Problemas de trânsito e infraestrutura no Bairro Camargos, região Noroeste da capital, foram tema de audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, na última terça-feira (5/11). Na oportunidade, parlamentares da Câmara Municipal de Belo Horizonte se reuniram com moradores e representantes da BHTrans para discutir o atraso nas obras de recuperação viária da Rua João Batista Vieira e de reforma da Praça Atalaia, que deveriam ser realizadas como contrapartida do empreendimento Residencial Mundi, construído na região pela MRV Engenharia.

Na audiência, moradores pediram explicações sobre o andamento das reformas e criticaram alterações no trânsito local. As mudanças viárias estariam sendo realizadas para adequar o bairro ao impacto populacional causado pela implantação de novos empreendimentos imobiliários, que podem trazer até mais três mil pessoa para a região. “O impacto é muito grande”, lamentou a comerciante Área Colen, moradora do bairro. “As ruas, os supermercados e os ônibus estão lotados e o trânsito ficou terrível”, completou. Outros moradores reclamaram da falta passeios e de locais adequados para estacionamento e para carga e descarga.

Para o vereador Wellington Magalhães (PTN), requerente da audiência, a infraestrutura e o sistema de serviços disponível no bairro não conseguem absorver o crescimento da demanda. “O que me preocupa é aumento de 3 mil pessoas no local, sem o cumprimento de condicionantes para beneficiar  a região”, afirmou o vereador, que se comprometeu a realizar novas reuniões para acompanhar o caso.

Busca de soluções

Hudson Andrade, diretor Executo da MRV, garantiu que todas as medidas compensatórias previstas para o bairro estão em dia. No tocante à reforma da Praça Atalaia, ele assegurou que a empresa “vai dar mais ritmo às obras” e que se empenhará para sanar os problemas ainda no mês de novembro.

Já a BHTrans explicou que as intervenções no trânsito foram feitas a partir de estudo da construtora a respeito do tráfego local. O projeto, além disso, estaria apenas em fase de implantação e será ajustado posteriormente, de modo a atender as demandas da comunidade.  

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