Vereadores abrem os trabalhos na primeira plenária do ano
Na última sexta-feira (1º/2), a Câmara de BH realizou a primeira reunião plenária da nova legislatura. Os vereadores mantiveram os vetos totais do prefeito a duas proposições do ex-vereador Reinaldo Preto do Sacolão. Parlamentares que estrearam no Legislativo Municipal e vereadores que já ocuparam cadeiras na Casa anteriormente falaram das expectativas sobre o mandato e sobre problemas da cidade que demandam ações prioritárias.

1ª reunião plenária da 17ª legislatura
Nesta sexta (1º/2), a Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou a primeira reunião plenária da nova legislatura. Na oportunidade, os vereadores mantiveram os vetos totais do prefeito a duas proposições do ex-vereador Reinaldo Preto do Sacolão. O PL 2145/12 propunha dar o nome de Maurício Ferreira do Amaral à praça localizada entre as ruas Santa Ana e Nossa Sra. Auxiliadora, no Bairro São Gabriel. Já o PL 2236/12 objetivava declarar de utilidade pública o Instituto Herdeiro de Deus.
Líder do governo na Câmara, o vereador Preto (DEM) defendeu a manutenção do veto ao primeiro projeto, afirmando que a localidade indicada na proposição de lei não configura uma praça, mais sim uma rotatória, o que não justificaria a atribuição de nome. Ainda segundo o parlamentar, no caso do segundo projeto, o veto se justificaria porque o Instituto Herdeiros de Deus não apresentou a documentação necessária para receber o título de entidade de utilidade pública. Os vetos foram mantidos com 23 e 26 votos favoráveis, respectivamente.
Expectativas para a nova legislatura
Na primeira reunião plenária do ano, vários dos parlamentares tomaram a palavra para manifestar seu desejo de que a Câmara Municipal contribua para o desenvolvimento de Belo Horizonte e para a garantia dos direitos dos moradores. Falando em nome da Mesa Diretora, o presidente Léo Burguês de Castro (PSDB) afirmou que o Poder Legislativo Municipal será "intransigente na defesa da ética, da democracia e da liberdade de expressão". O parlamentar citou ainda importantes conquistas de Casa, que segundo ele, transformam a Câmara em referência para outros poderes, como a implantação do voto aberto no plenário e a aprovação da lei da ficha limpa municipal.
Na reunião, os vereadores tomaram a palavra para falar sobre suas expectativas para o atual mandato e para discutir temas de interesse da capital. A atenção à segurança pública e o combate à criminalidade, por exemplo, foram citados por Elaine Matozinhos (PTB) como uma demanda urgente dos moradores da capital. De acordo com a vereadora, não cabe apenas ao pode estadual cuidar do assunto: “a Constituição Federal diz que o zelo pela segurança é uma obrigação e um direito de todos”, o que traria, segundo ela, importantes responsabilidades para o Legislativo Municipal.
Os problemas do trânsito e da mobilidade urbana também estiveram no foco de atenção dos parlamentares. Edson Moreira (PTN) reivindicou a reordenação dos serviços prestados pela administração municipal, permitindo um tratamento mais qualificado das questões de trânsito e de transporte na cidade. Para Joel Moreira Filho (PTC), é importante “rediscutir a cidade” e repensar as soluções adotadas para os problemas viários da capital, dando atenção a temas como a implantação de novas linhas do metrô e às normas para estacionamento no hipercentro. Já Bruno Miranda (PDT) lembrou da necessidade de se cuidar melhor do Anel Rodoviário, onde vários belo-horizontinos perderam a vida em função de acidentes.
A saúde esteve em pauta na intervenção de Dr. Nilton (PSB), que afirmou pretender contribuir, em seu mandato, para a melhoria do serviço prestado no setor. Segundo ele, “para se ter saúde é necessário ter condições favoráveis de vida”, o que o motivaria a investir em diversas áreas de atuação, de forma de promover o bem estar integral dos belo-horizontinos.
Já o tema do esporte apareceu na fala dos vereadores Pelé do Volei (PTdoB) e de Gilson Reis (PCdoB), que criticou os altos preços que estão sendo cobrados pelos ingressos nos jogos do Mineirão, afastando do estádio, segundo ele, a parcela mais pobre da população.
Leonardo Mattos (PV), secretário-geral da Casa, afirmou que vai contribuir, em seu mandato, para defender os interesses das pessoas com deficiência, bem como fazer valer o direito ao silêncio e ao sossego na capital. Já Marcelo Aro (PHS) e Iran Barbosa (PMDB) defenderam a qualificação da atuação dos conselhos municipais de Meio Ambiente e de Política Urbana, respectivamente. Coronel Piccinini (PSB), por sua vez, usou a palavra para indicar a necessidade de se reavaliar a estrutura de prevenção e combate a incêndios na sede da CMBH, sugerindo, inclusive, a criação de uma comissão para debater o tema.
Tribuna
Marcelo Aro (PHS) e Professor Wendell (PSB), ambos novatos no Legislativo Municipal, foram os primeiros oradores a ocupar a tribuna da Câmara na nova legislatura. Aro lembrou que, por ser o agente político em contato mais direto com a população, o vereador tem o papel de responder de forma direta a suas demandas, ouvindo os cidadãos e buscando encaminhamentos para a garantia de seus direitos. Afirmou ainda que pretende defender a bandeira da moralidade na Câmara, bem como trabalhar para incrementar a participação dos belo-horizontinos na vida parlamentar. Professor Wendell, por sua vez, defendeu a “política como vocação” e afirmou que espera que ele e seus 40 pares façam um mandato que orgulhe a população da capital.
Superintendência de Comunicação Institucional