Audiência discute risco de câncer causado por bebidas quentes em copos de plástico
Especialistas em oncologia e fabricantes de copos descartáveis e recipientes de plástico afirmaram não haver estudos conclusivos que comprovem os riscos à saúde causados por materiais desse tipo quando submetidos ao calor. No entanto, eles se dispuseram a contribuir para a realização de estudos técnicos e científicos mais profundos sobre o assunto. O parecer foi dado durante audiência pública ralizada pela Comissão de Saúde e Saneamento, nessa quarta-feira (17/8), a pedido do vereador Paulinho Motorista (PSL).

Audiência discute risco de câncer causado por bebidas quentes em copos de plástico
Especialistas em oncologia e fabricantes de copos descartáveis e recipientes de plástico afirmaram não haver estudos conclusivos que comprovem os riscos à saúde causados por materiais desse tipo quando submetidos ao calor. No entanto, eles se dispuseram a contribuir para a realização de estudos técnicos e científicos mais profundos sobre o assunto. O parecer foi dado durante audiência pública ralizada pela Comissão de Saúde e Saneamento, nessa quarta-feira (17/8), a pedido do vereador Paulinho Motorista (PSL).
A possibilidade de vasilhas e copos de plástico liberarem substâncias cancerígenas após contato com bebidas ou alimentos quentes foi levantada por Paulinho Motorista com base em pesquisa realizada pelo Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Segundo o vereador, o componente químico Bisfenol-A (BPA), presente em recipientes e embalagens de plástico, é o responsável por danos à saúde quando o material é submetido a altas temperaturas.
No entanto, o representante da Copobrás, empresa fabricante de recipientes plásticos para alimentos e copos descartáveis, José Carlos Pereira, disse que durante os quase 30 anos de atuação da empresa, não houve relatos de danos que os materiais tenham causado à saúde de consumidores.
Segundo ele, os estudos apresentados são apenas teóricos e inconclusivos. “Nós também queremos mais informações sobre como e em que nível se dá a contaminação por BPA. Colocamos, inclusive, nossos produtos à disposição para estudos técnicos mais detalhados”, disse.
Na mesma linha, a representante da Comissão Municipal de Oncologia, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, Fabiana Amado dos Santos, apresentou parecer da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Os dados revelam que a quantidade de BPA em materiais plásticos não é considerada perigosa e que não há diagnosticos de câncer que relacionem a doença à substância quimica.
O vereador Paulinho Motorista sugeriu a realização de estudos técnicos e cientificos através da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com a colaboração das empresas que fabricam plasticos e descartásveis, além da elaboração de legislação específica sobre o assunto e mais fiscalização sobre os fabricantes.
“A idéia é identificarmos qual a porcentagem de Bisfenol-A utilizado na fabricação desses materiais, porque a partir de certa quantidade essa substancia é prejudicial à saúde. É necessário a obrigatoriedade de a empresa informar nas embalagens os níveis de BPA na composição do produto para uma posterior fiscalização dos orgãos de controle e vigilancia sanitária”, afirmou.
Além dos vereadores Reinaldo “Preto Sacolão” (PMDB), presidente da Comissão de Saúde, Márcio Almeida (PRP) e Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PTdoB), também participaram da reunião Mara Machado Guimarães, representando o secretário Municipal de Saúde, Marcelo Gouvêa Teixeira, e o diretor de Relações Institucionais do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), Francisco de Assis Esmeraldo.
Superintendência de Comunicação Institucional