Comunidade insatisfeita com o Centro de Lazer na região

De acordo com os moradores, a obra tinha o objetivo de atender aos pedidos da população local. Entretanto, eles alegam que o terreno escolhido pela Prefeitura é muito pequeno e não se adequa às demandas da região, que é o de um espaço apto para a realização de várias atividades. Outro ponto questionado por eles é o de que a população idosa não estaria incluída no projeto, já que não será construído um salão e uma cozinha para que eles possam se reunir no local.

O secretário de Administração Regional Municipal Leste, Píer Giorgio Senesi Filho, esclareceu a questão do terreno, localizado na rua Fluorina, 536, esquina com a rua Luiz Cerqueira. Segundo o secretário, na verdade serão dois terrenos para a construção do Centro. Porém, o que já foi completamente aprovado é o menor, exatamente o da rua Fluorina. O outro, próximo ao primeiro, ainda tem pendências em relação à questão da indenização da desapropriação do terreno. Porém, os moradores alegavam que há um outro terreno muito maior, mas Píer rebateu dizendo que esta área possui pendências jurídicas e técnicas que inviabilizariam o projeto em tempo hábil, portanto, os dois outros dois lotes foram os escolhidos.

Marli Fátima Nunes, representante do presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), Fernando Antônio Costa Janotti, ressaltou que, em relação aos pedidos de que o Centro ofereça atividades para o público da terceira idade, o projeto foi referendado pela comunidade, que ficou ciente de que no local haveria a construção de apenas uma quadra poliesportiva e de que não poderia haver alterações no projeto, pois isso implicaria mudanças no orçamento e nas questões técnicas e estruturais já aprovadas pela Prefeitura.

Entretanto, o presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Pompeia (AMAP), Walter Gregório de Oliveira, admitiu que a comunidade concordou com o projeto, mas que fez ressalvas de que todas as solicitações fossem incluídas nele, o que implicaria a construção de um centro de esporte e lazer completo. “A Prefeitura está nos empurrando a quadra”, reclamou Walter. Diante dessa queixa, Píer esclareceu que, apesar de o projeto conter apenas uma quadra poliesportiva, o Centro servirá para várias atividades. “Basta que os jovens e os idosos saibam compartilhar o espaço, já que a gestão da quadra será da própria comunidade”.

O vereador Arnaldo Godoy (PT) sugeriu que, no espaço da arquibancada da quadra, seja construído o salão requisitado pela população idosa. Entretanto, o secretário da Regional Leste afirmou que, embora a ideia seja válida, ela precisa ser avaliada; em um futuro próximo, ela poderá ser classificada como viável ou não.

Também compareceram à reunião muitos moradores do bairro Pompeia e região, que puderam expor suas dúvidas e reclamações em relação ao tema.

Antes da realização da audiência pública, os vereadores Ronaldo Gontijo (PPS), presidente da Comissão, e Arnaldo Godoy discutiram e aprovaram o parecer favorável ao Projeto de Lei 512/09, de autoria do vereador Adriano Ventura (PT), que autoriza o Poder Executivo a criar o Plano BH Turismo Ecológico e Desenvolvimento Econômico do Barreiro – Caminho do Troteiro e Trilha do Andarilho da Natureza das Minas Gerais.