Projeto de Lei visa solucionar problema de motoboys

Um dos maiores problemas que ocorrem no trânsito de Belo Horizonte é o aumento da frota de motocicletas. Segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), houve um crescimento no número de motos na cidade de 16,05% nos últimos quatro anos – sendo mais que o dobro do crescimento da frota de carros que foi de 7,42% -, o que significa que há cerca de 150 mil motocicletas no município.

O aumento da frota, por sua vez, gera uma nova dificuldade: a falta de estacionamento para motos. Ainda de acordo com os dados do Denatran, existem 876 vagas disponíveis para motocicletas no centro de BH, sendo que, em toda a capital, elas somam 4.504. A situação fica ainda mais crítica, porque o centro é o local de maior concentração de motos. Além disso há poucas vagas destinadas a motocicletas.

Tendo em vista a escassez de vagas, diversos pedidos foram endereçados ao vereador Antônio Torres ‘Gunda’ (PSL) para que uma providência fosse tomada. O parlamentar apresentou o Projeto de Lei 786/09 que visa à criação de estacionamento rotativo gratuito para carga e descarga de pequenas cargas em motocicleta, motoneta ou triciclo motorizado.

Segundo o vereador, há uma pendência desta questão desde o ano passado, pois a BHTrans proibiu este tipo de estacionamento sob o argumento de que, devido à grande quantidade de motos, elas ocupariam o espaço destinado aos carros fazendo com que diminuísse a arrecadação dos rotativos.

“A situação é crítica.” Assim foi como o presidente do Sindimotcicli (Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas), Rogério de Santos Lara, definiu o cenário vivido pelos motoboys de Belo Horizonte. A falta de vagas, principalmente no centro da cidade, faz com que os motoqueiros percam muito tempo procurando-as e acabam estacionando longe do local em que devem fazer suas entregas, prejudicando, desta forma, o seu serviço.

O motoboy Alessandro Messias confirmou as dificuldades encontradas na hora de estacionar e espera que o Projeto venha a facilitar seu trabalho. “A gente demora muito para achar vaga, gasta muito tempo! Assim fica difícil de fazer nosso trabalho”, reclamou.

Para Rogério, o Projeto é muito bom, desde que haja fiscalização da BHTrans para que o espaço destinado às motos seja respeitado. Ele ainda citou que há mais uma proposta visando solucionar esta questão que é a de liberar os rotativos da periferia do centro. Ele ainda alertou para os estacionamentos destinados a motocicletas que não são propícios a este veículo devido às irregularidades do terreno, como buracos e inclinação da rua.

O Projeto de Lei será analisado em 1º turno pelas Comissões de Legislação e Justiça; Administração Pública; e Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário para ser discutido e votado.

Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1445).