Para Carlão, mandato parlamentar precisa ter limite

“O tempo se esgotou. Tudo na vida tem começo, meio e fim. Todo mandato precisa ter um limite. Não é saudável que tenha permanência longa”. O desabafo é do vereador Carlão Pereira (PT), um dos cinco vereadores da Câmara Municipal que não vão disputar a reeleição neste domingo, 5 de outubro.

Os outros parlamentares, que não são candidatos, são o presidente da Casa, Totó Teixeira (PR); o secretário-geral Ovídio Teixeira (PV);  Rui Resende (PRTB) e Osman Miranda (PDT).

Com seis anos de mandato – assumiu a cadeira em janeiro de 2003 -, Carlão já foi deputado estadual, presidente da BHTrans, secretário da Regional Centro-Sul e candidato a governador em 1994. Ele não fala de seu futuro, a partir de janeiro de 2009. Atualmente, faz curso de mestrado na PUC-Minas.

Para Carlão, a reforma política é urgente. Ele cita como fatores positivos a fidelidade partidária, o fim da coligação proporcional de partidos e o financiamento público. Sem essa reforma, os votos continuarão a ser dados para os mesmos políticos, a qualidade não vai mudar e será impossível fiscalizar os gastos de campanha.

O papel hoje do vereador é fazer a mediação entre a população e o poder público. “Conflitos acontecem aqui na discussão de políticas públicas. Nossa função é muito mais do que fiscalizar o Executivo”.

O vereador destaca o Mercado Distrital de Santa Tereza como exemplo dos vereadores terem conseguido atuar bem no conflito que surgiu entre o poder municipal e os moradores daquele bairro da região Leste de Belo Horizonte.

O parlamentar cita seu projeto de transparência no legislativo, que tanta polêmica provocou, como um assunto que acabou sendo incorporado nas agendas, apesar de não ter sido aprovado pela Câmara Municipal.

Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1216).